domingo, 28 de setembro de 2025

Autobiografia na música - Língua de Trapo - Capítulo 143 - Por Luiz Domingues

O lado bom de ter chegado a um ponto longevo da carreira e da vida, é que por estar no ramo artístico e cultural, muita novidade surge o tempo todo a alimentar as redes sociais, sobretudo com menções, discussões, fóruns, homenagens e toda a gama de citações ou apresentação de materiais de todo o tipo a respeito de diversas bandas pelas quais eu atuei no passado e ainda atuava naquele então presente.

Portanto, mesmo sobre os trabalhos mais antigos, cuja perspectiva de aparecer algum material surpreendente é mais remota, na prática isso não pode ser considerado como uma regra rígida, porquanto a qualquer momento pode ser anunciada alguma novidade extraordinária.

Outro ponto importante, é que tenho como característica pessoal o otimismo e nesses termos, guardo comigo a esperança sempre vívida de que resgates arqueológicos a respeito de todas as bandas pelas quais atuei no passado possam surgir e nutro tal sentimento sem obstinação, pois dentro de uma visão realista, não tomo tal expectativa como algo imperativo, todavia, quando simplesmente aparece algo nesse sentido, me regozijo, simplesmente.

No caso específico da demo-tape gravada pelo Língua de Trapo ao final de 1980, eu já havia resgatado anos atrás, três faixas desse trabalho realizado, com a minha participação como membro oficial do grupo, durante a minha primeira passagem por ele, entre 1979 e 1981.

Cabe uma boa explicação sobre a fita K7 em si. O fato é que essa fita foi gravada e lançada em 1980, mas quando eu saí da banda em janeiro de 1981, o Língua de Trapo passou por uma profunda reformulação. E nesses termos, quando uma nova formação se colocou em plena atividade, os seus membros resolveram entrar em estúdio novamente para gravar mais músicas novas que estavam a ser preparadas.

E como consequência, foi tomada a resolução de reformular a fita demo original de 1980, ao suprimir algumas músicas e acrescentar outras, que haviam gravado recentemente. O resultado prático dessa mudança, foi que a fita nova que passaram a vender nos shows e que também se tornara o material de divulgação principal da banda na ocasião e que certamente muito contribuiu para a sua ascensão meteórica da metade de 1981 em diante, é fato,  por conseguinte, que diminuiu e muito a minha participação.

Isso está expresso na ficha técnica que foi anexada como um encarte da fita K7, ao assinalar a então nova formação e destacar o meu nome e o do tecladista, Celso Mojola como ex-membros e a destacar as faixas em questão das quais atuamos a gravar.

Em suma, ao ser brindado pelo meu amigo Laert Sarrumor em setembro de 2025, com o acesso ao material, pude enfim resgatar as seis faixas das quais participei nessa fita remodelada de 1981. No caso, apenas quatro, é preciso ressalvar, pois, conforme eu já havia esclarecido anteriormente, três faixas já haviam sido expostas no meu canal de YouTube número 1 e também nos meus Blogs 2 e 3 e no caso, dessas três, apenas uma não consta nessa versão remodelada de 1981.

E por fim, deixo registrado que apesar de ter lançado as tais três músicas anteriores, fiz questão de reproduzir as duas que são repetidas em relação às publicações que eu havia feito anteriormente no meu canal 3, por simplesmente ter desta feita, uma "capa" nova a conter as ilustrações que o Laert também me enviou nessa remessa de setembro de 2025. 

Continua... 

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