sábado, 4 de maio de 2013

Autobiografia na Música - Trabalhos Avulsos (Quarteto Toulon) - Capítulo 34 - Por Luiz Domingues

Nos meses subsequentes, logo após essa tentativa que tive em participar de um trio orientado pelo Jazz-Rock, com Pitico Freitas, e José Luiz Dinola, o Terra no Asfalto voltou, e firmou-se de tal forma, que supriu as minhas necessidades financeiras imediatas, ao fazer com que eu parasse de aceitar outros convites para atividades avulsas. Eu tinha saído do Língua de Trapo na minha primeira passagem, e essa calmaria com o Terra no Asfalto, duraria até o meio de 1981.

No capítulo do Terra no Asfalto, conto o por quê da parada forçada.
Cabe dizer aqui, que nesses dois meses em que tal banda ficou parada, Paulo Eugênio e Wilson Canalonga Junior estavam resignados por esperar a banda voltar, mas eu e Cido Trindade não podíamos dar-nos a esse luxo, e sendo assim, resolvemos montar uma forma emergencial, uma banda cover, para tocar MPB na noite, nesses meses.

Nessa circunstância, lembrei-me do Pitico Freitas, que apesar de ser Rocker, sabia tocar bastante material da MPB, e precisava ganhar um dinheiro rápido, também. Mas como nenhum de nós cantava o suficiente para assumir tal tarefa, resolvemos fazer contatos, para visar arrumarmos um vocalista.
Liguei para o guitarrista, Lizoel Costa, que tinha um enorme cadastro pessoal a conter músicos de qualquer especialidade, e para qualquer estilo de música, e assim, ele indicou-nos alguns cantores e cantoras. Entrevistamos alguns, inclusive uma cantora, mas nenhum mostrou-nos o perfil que queríamos. Então, o Pitico teve uma indicação de um amigo, sobre uma garota que era "meio hippie", e que cantava e tocava flauta.
A garota chamava-se, Vilma, e parecia determinada a trabalhar. Fizemos um teste mínimo com ela, e a aceitamos sem uma maior avaliação mais apurada. Como estávamos necessitados, assim que arrumamos um local para tocar, marcamos logo a primeira data, sem ensaiar mesmo. Eu e Pitico fizemos várias anotações com harmonias de clássicos da MPB, e lá fomos nós tocar sem ensaiar...

Como a Vilma estava muito insegura, resolvemos fazer a primeira apresentação que foi um teste, com o reforço do vocalista do Língua de Trapo e irmão do Pitico, o Pituco Freitas, em título de ajuda. Essa apresentação ocorreu no Bar Chez Bernard, um casa noturna, dirigida e frequentada por franceses, bem elegante, por sinal, no dia 17 de julho de 1981. Foi uma apresentação curta, mas razoável, por considerar-se a falta de ensaios prévios.

Continua...

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