sexta-feira, 24 de maio de 2013

Autobiografia na Música - Língua de Trapo - Capítulo 27 - Por Luiz Domingues

Pois é, foi muito bom subir no palco, ainda que sob uma rápida aparição. Tanto foi assim, que nem considerei show, e dessa forma, como em diversas outras pequenas apresentações que realizei como convidado, eu nem computei como show oficial, ao anotar e arrolar os dados etc. Mas foi positivo, pois embora o meu foco fosse "A Chave do Sol", a volta ao Língua foi um resgate pessoal importante, por eu ter sido obrigado (pelas minhas próprias vicissitudes), a sair em 1981, em circunstâncias difíceis. E só para concluir um assunto anteriormente abordado, o caso de um componente do Língua de Trapo, com a garçonete crente prosperou...

Ele chegou até a conhecer os pais da moça... 
O fato, é que ele passava por uma fase onde achava fascinante abordar mulheres não glamorosas, e difíceis.
Era o seu esporte predileto na época, e contrastava com o fato de estar famoso e ser assediado, portanto poder ter a mulher que quisesse, e invariavelmente serem bonitas, as que assediavam-no. Sobre a vinheta que citei em capítulo anterior, tratava-se de uma apresentação que ridicularizava a ditadura, pois ao som da música "Língua de Trapo" do Ary Barroso, marchávamos e colocávamo-nos em fila militar.

O foco do canhão de luz ficava no primeiro elemento da fila, e uma vinheta de áudio citava um texto satírico, a expressar coisas absurdas sobre aquele membro da banda em específico, e assim sucessivamente ocorria com os demais. Ainda sobre a vinheta em si, já havia falado sobre isso lá atrás, quando comentei sobre a origem do nome, "Língua de Trapo", e a inspiração vindo da música carnavalesca do Ary Barroso (carnaval de 1930).

Continua...

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