Neste meu segundo Blog, convido amigos para escrever; publico material alternativo de minha autoria, e não publicado em meu Blog 1, além de estar a publicar sob um formato em micro capítulos, o texto de minha autobiografia na música, inclusive com atualizações que não constam no livro oficial. E também anuncio as minhas atividades musicais mais recentes.
terça-feira, 28 de abril de 2015
Autobiografia na Música - A Chave do Sol - Capítulo 249 - Por Luiz Domingues
Após o show realizado em Santo André / SP, ao final de novembro, tivemos um tempo maior para dedicarmo-nos aos ensaios e acelerar assim o processo para compor e arranjar muitas músicas novas, algumas aliás, que já eu citei nominalmente anteriormente nesta narrativa. Estava delineada então, a nova fase da banda, a buscar amenizar bastante o peso imprimido no EP lançado, poucos meses antes. Tornou-se nítida a nova tendência em privilegiar-se o Hard-Rock, ainda que ao sabor dos anos oitenta, como base das novas ações de nossa parte. Dessa forma, o peso ficou amenizado, e além disso, as letras estavam mais coloquiais, com o Beto a impor a sua visão mais direta da comunicação, mais próxima do padrão "Pop". Se em algumas delas, ainda falava-se sobre questões sociais (o tema do apartheid que ocorria na África do Sul, em "Sun City", é o emblema dessa fase com o Beto, é óbvio), por outro lado, em : "O Que Será de Todas as Crianças" (?) e "Guerra Quente", o enfoque foi em torno da fase final da Guerra Fria entre Estados Unidos e União Soviética, ou seja, assuntos nem tão "Pop", assim.
Mas claro, em "Solange" e "Saudade", o Beto levou a banda para o caminho do Rádio Táxi (para o desespero do Zé Luiz), todavia, ao aprovar-se ou não o romantismo extremo contido nessas letras, o fato foi que tal mudança na orientação artística, sinalizou a esperança por dias melhores para a banda, quiçá a alcançarmos o mainstream, pois em 1986, conforme eu explicitarei na correta cronologia dos fatos, tais novas canções constituir-se-iam em importantes apostas a compor o repertório das duas demo-tapes que gravaríamos e destinaríamos à avaliação das gravadoras "majors".
Em termos estéticos, a aproximação ao Hard-Rock deteve um aspecto bastante interessante ao meu ver, pois se o Hard-Rock (então) moderno, oitentista, era mais aceitável sob o padrão Pop radiofônico e midiático em geral, havia similaridades visíveis com o Hard-Rock clássico setentista em nosso produto final. Muitas nuances contidas em tais músicas novas, mais coadunaram-se com a sonoridade bandas tais como : "Led Zeppelin"; "Humble Pie" e "Bad Company", do que o som então em voga de grupos oitentistas como : "Ratt"; "Motley Crüe" e "Quiet Riot". Portanto, em minha avaliação, foi um alívio, evidentemente. Bem, em dezembro de 1985, ainda tivemos dois compromissos. Um deles, deu-se quando tocamos como "headliner" de um festival em uma cidade do interior de São Paulo, e o outro, foi praticamente uma festa realizada em um bar em São Paulo, capital.
Continua...
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MAIS UM GRANDE EPISODIO DESSA GRANDE BANDA OITENTISTA DO NOSSO HARD ROCK.MUITO LEGAL GRANDE MESTRE DOMINGUES.SEMPRE QUE POSSO PASSO PARA LER E TB ESCREVER .ABRAÇOS E ATE A PROXIMA .
ResponderExcluirSempre um prazer para mim, saber que está acompanhando com vívido interesse, amigo Oscar.
ExcluirNão publiquei muita coisa no mês de abril por um impedimento de saúde, mas espero retomar o ritmo o mais rápido possível.
Abraço !