Funcionamos a partir de polaridades,
mesmo que nem todos sejamos bipolares.
Claro, todos viemos, existimos,
surgimos da natural polarização de yin/yang,
negativo/positivo...mas, não é a essa essencial bipartida existencial que aqui referimos.
Falamos da continuada e viciada forma
de olhar e sentir, principalmente, responder e viver aos fatos contra ou a
favor, pura e simplesmente no oprimido/opressor.
Não sendo muito Poliana, nem chiita radical, transitamos, mesmo que nem sempre intencionalmente, por
muito mais que os dois opostos, o tempo todo, a vida inteira.
Em determinadas situações somos bonzinhos,
heróis e facilitadores e, quantas e tantas outras, surpreendidos somos por feiuras,
não deliberadas, ou velados gestos de maldades transmissores, como vírus,
levando desconforto, despertar dolorido e pior, mais grave, puro e simples
noticiadores que a nada ou a ninguém acrescem...mas, com um certo orgulho de causadores ou
timidez cúmplice, servimos a insensatez promulgando, com ou sem cons ciência, o que fermentamos.
Sentimo-nos ou fazemo-nos de vítimas de processos que pouco mais atenção, tempo, algumas respirações pausadas e aquele olhar que insistimos em não buscar (crescer costuma doer...), que deveria ser investimento sério na formação possibilitadora de impessoalidade e capacidade de análise isenta, produtora de uma sociedade justa e relações humanas mais adultas, menos a mercê de si e ‘dos outros’ e mais senhor da própria história, à frente de seu destino, na sua medida possível.
Adoramos ter a quem culpar para,
assim, com tranquilidade, continuar a repousar em nossas certezas, manter
heróis/vítimas, dentro e fora de nós, inatingíveis e a sagrada inércia
preservada.
Quanto tempo ainda precisaremos para aprender a ver, ouvir, perceber com responsabilidade de individualidade alerta, independente, com autonomia de quem respeita seus próprios instintos mais sutis e menos os primitivos de agressão e defesa, que sabe re conhecer, re significar com verdadeira honestidade, a partir de si mesma ‘vilanices e vitimices’ que levariam a uma convivência mais verdadeiramente fraterna.
Telma Jábali Barretto é colunista fixa do Blog Luiz Domingues 2
Engenheira civil, é também uma experiente astróloga; consultora para harmonização de ambientes e instrutora de Suddha Raja Yoga.
Nesta crônica, nos fala sobre a questão da impessoalidade, analisando sob o prisma da dualidade com a qual todos estamos envolvidos.
Oi Telma, é muito dificil conter a dualidade em atitudes angelicais sempre ,as vezes falhamos, porém creio que um dia e espero, conseguiremos ter a dualidade em consonância com atitudes elevadas.Abraços Adriano.
ResponderExcluirEste comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirAdriano a ideia não é nem ter uma dualidade angelical ou em consonância...só alguma capacidade de isenção, senso de justiça seriam suficientes!
ResponderExcluirNão posso crer que sejamos capazes de ser fraternos se não exercitarmos essa impessoalidade...vivemos em meio a muitas diferenças, necessárias ao crescimento, que só produzirão evolução se soubermos ir além de nossas seguras verdades abrindo-nos a novos horizontes.
Grata mais uma vez por sua contribuição! _/\_
Adorei
ResponderExcluirGrata Fátima pela sua leitura e comentário incentivador!
ExcluirNa mas tê!
Adorei
ResponderExcluirQuanto tempo mais? Também me pergunto, na minha ansiedade e me repreendo quando, as vezes, aponto o dedo ou me sinto vitimada, porque o que faço ao meu semelhante, faço a mim!
ResponderExcluirObrigada por mais um compartilhamento enriquecedor.
Mesmo quando não conscientes, temos um formato, medida...e, como disse vc, o que fazemos aos outros, também a nós fazemos.
ResponderExcluirPor isso o exercício de auto observação leva, inevitavelmente, a um novo olhar para com o próximo...mais justo e mais amoroso é o que de preferência deva ser aprendido, pensamos!
Gratidão Janine por seu comentário. Abraço aí.