Quanto mais ‘antigos’
somos, mais reconheceremos essa afirmação, um tanto quanto forte, vendo
sua possível beleza e em sua pesada carga de separativismo...
Atualmente, com uma nova
roupagem, felizmente, vemos a importância das origens que carregamos
pelo sangue, ou, só mesmo pela criação que recebemos... De que maneira?
Quanto mais se
investiga, hoje, pelas mais diversas formas de terapia as marcas que
trouxemos para a vida adulta: todas as formas de psicologia,
psicanálise, terapia de vida passada, constelação sistêmica familiar,
etc...etc... Então, e nesse caso, o sangue de meu sangue vem com toda
sua mais valiosa bagagem, muito além de nosso DNA, as heranças que somos
merecedores...positivas e difíceis, verdadeiras tatuagens, eternizando
por onde viemos andando e construindo, sendo !
Toda nossa indelével assinatura forjada pelas dores e amores...
Já, a outra forma de entender essa frase, é naquele antigo jeitão de identificar o nós
versus os outros. Aquela coisa de ‘na nossa família’ temos ou não
temos isso ?!... Aquela coisa de também eleger determinada qualidade ou
defeito tratando como só a nós pertença ?!...Algo característico e, aí,
mais que tudo, honrar ou envergonhar-se do
próprio sangue... De preferência, de forma grata: se qualidades, com
responsabilidade e sem o berço esplêndido e, se defeitos, corajosos,
buscando transpor, indo além...
Claro !!! sabemos que o
sangue mesmo, em si, caracteriza marca, mas...esse mesmo, biológico, é
agrupado em tipos, que igual se agrupam naqueles compatíveis ou não no
seu ir e vir...
Bem mais antigamente,
ainda, abrigávamos conceitos que distinguiam nobreza ?!...e, que tipo de
nobreza estaria, seria essa ?!...Muito de tudo isso foi caindo por terra,
e muito, ainda, temos a função e responsabilidade
de entender, clarear e transformar, cada vez mais reconhecendo-nos pelo
que somos e acessamos por consciência, na própria e pessoal caminhada,
bem usando a bagagem que, por origem, trouxemos, com sua gama de prós e
contras, sabedores, se sabiamente empregarmos,
sairemos daqui melhores que chegamos.
Aí, sim, em meio ás
facilidades e dificuldades, nortear a individual habilidade conquistada
para tirar, absorver ao máximo as oportunidades que a Vida nos concede,
num criterioso exercício de aprimoramento. Nada
mais dignificante que deixar atrás de si um rastro de mais sensatez,
harmonia, participando ativa e deliberadamente na consolidação de um
mundo mais justo, equilibrado, apoiado em conceitos mais universalistas e
menos segregadores...afinal, a primeira e ancestral
origem de onde todos surgimos, esse sim, sangue de todos nós, é o
mais remoto e arquetípico primórdio, quando experimentado e
conscientizado nos levarão a quebrar barreiras que separam,
possibilitando pontes e elos de uma Unidade, não sonhada e idealizada,
mas, percebida primeiro dentro de si, numa reorganização interna entre
vitimices mandonices, num desvendar e desvelar das polarizações trazidas
à superfície que, assim, reconhecidas em sua fonte matriz, verdadeiro
manancial de conhecimento, receptáculo da
manifestação, refletirão expandindo mais além fronteiras num novo e
mais fraterno coexistir ! A paz e a unificação começam em nós !!!
Telma Jábali Barretto é colunista fixa do Blog Luiz Domingues 2. Engenheira civil por formação acadêmica, é também uma experiente astróloga, consultora para harmonização de ambientes e instrutora de Suddha Raja Yoga. Nesta reflexão fala-nos sobre a carga hereditária que carregamos no sangue, sob seus aspectos múltiplos.
nortear a individual habilidade conquistada para tirar, absorver ao máximo as oportunidades que a Vida nos concede, num criterioso exercício de aprimoramento. Nada mais dignificante que deixar atrás de si um rastro de mais sensatez, harmonia, participando ativa e deliberadamente na consolidação de um mundo mais justo, equilibrado, apoiado em conceitos mais universalistas e menos segregadores... Belíssimas palavras, Telma. Independentemente de nossas origens, celestiais, psíquicas ou qual. Trata-se de uma necessidade eterna, mas particulamente aplicável aos tempos modernos, onde a humanidade se vê compelida a buscar caminhos da igualmente, reconhecendo, de vez, que "somos todos um". Um beijão, minha cara.
ResponderExcluirQue bom ter seu olhar e que melhor ainda suas considerações dessa maneira...penso mesmo que atentar para o foco na Unidade, respeitando toda e qualquer individualidade. Toda e qualquer manifestação de Vida merecem nossa reverência!
ExcluirAbraço aí _/\_
Isso demonstra nossas responsabilidades diante dos mais diversos grupos a que pertencemos - por afinidade ou sanguíneos. Herdar o positivo e o negativo com a incumbência madura de procurar a olhar para os pontos de melhoria como uma oportunidades para fazer girar a roda da evolução. Excelente texto! Parabéns, Telma!
ResponderExcluirUm olhar atento em torno de si é sempre uma fonte de infinitas possibilidades de interação que podemos e devemos responder, com nossa melhor e também atenta atitude.
ExcluirGratidão pela contribuição e o sempre e do coração na mas te!