domingo, 10 de março de 2019

Oásis - Por Telma Jábali Barretto


O que cada um de nós reconheceria como oásis ? Lugar de abastecer em meio à aridez é para cada qual, lugar diferente... como diferentes são as sedes ! Um tempo sem compromisso, espaço de silêncio, lazer com adrenalina, viagem sem destino, estar num lugar de exuberante beleza, agitação para esquecer quem somos...e tantas mais... Somos feitos da mesma matéria, mas... necessidades que as nutram são as mais diversas, como, e também, nos incomuns momentos da nossa existência única num mesmo CIC e RG. Já nutrimos anseios, satisfeitos ou não, que não mais nos convidam ou estimulam. Vamos mudando nossas fomes, desejos e quereres e, se atentos somos ao que nos mova, internamente, clareando percepções em suas metamorfoses, surgindo, nutrindo e apaziguando... Entre o louco e sábio muita similaridade pode haver. Ambos vivem em realidade distintas, saídas do campo do comum e...se nomear tenha importância, há que se cuidar nessa nomeação ?!...?!... 
Fato é que quantos mais tensas e sobrecarregadas são as experiências de cada jornada humana, mais necessidade dos ‘refrescos’ teremos, mais sextas-feiras esperaremos e o intervalar cria um marco considerável entre a vidinha usual, dia a dia tornando fundamental e revigorante cada oásis... sendo somente, ali, onde reconhecemos prazer, alegria ou paz! Um distância estabelecida entre afazeres (e como viver sem eles?!...) e satisfação! 

Quanto, ainda, falta para viver num pulsar que, harmoniosamente, passeamos entre absorver e irradiar, ser nutrido e nutrir, numa simples repetição da natureza, abastecedora do fluxo de vida em seu modus operandi em seu contínuo ensinar, incansável, perene... Um exercício de estar, presença, que não elege gosto/desgosto num rejubilar-se com a própria dádiva da vida, da morte, do existir... que pouco diferencia em ter ou não um endereço/corpo, num tranquilo repouso consciente de que se É, SER, que desperto !!! a outros quer despertar... Reverência !!! 


Telma Jábali Barretto é colunista do Blog Luiz Domingues 2. Engenheira civil, é também uma experiente astróloga; consultora para harmonização de ambientes e instrutora de Suddha Raja Yoga. Nesta reflexão, alerta-nos sobre a questão do refúgio que sempre procuramos para abastecermo-nos com a energia vital. 

5 comentários:

  1. A prosa está fluindo feito riacho em serra... Parabéns pelo texto! O Oásis também pode ser (ou tem de existir) dentro de nós mesmos antes de identificá-lo lá fora, não? Namastê!

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  2. Bom que sinta essa naturalidade na prosa...
    Quase sempre buscamos vários apaziguadores fora de nós...por falta de hábito de buscar dentro, no interior e silêncio do espírito mesmo! Quando encontramos 'onde repousar dentro', como dizia Santo Agostinho,tudo o mais se acalma em qualquer circunstância fora...
    Gratidão pelo comentário _/!\_

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  3. Achei lindo o texto, Telma! Me identifico com a necessidade que temos do oásis, esteja ele dentro, fora ou na interação de ambos. Parabéns! Bjos

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  4. Lindíssimo o texto, Telma! Me identifico com a necessidade de um oásis, seja ele interno, externo ou fruto da interação de ambos.
    Parabéns!! Bjos

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  5. Feliz com seu comentário!
    Sim...esse oásis é uma necessidade, das mais materiais as mais subjetivas...?!...até que aprendamos a viver no Eterno!!!
    Abraço aí e na mas tê!

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