quinta-feira, 20 de fevereiro de 2020

Autobiografia na Música - Boca do Céu - Capítulo 61 - Por Luiz Domingues

O guitarrista Osvaldo Vicino e a sua amiga, Cristiane Ewel, nos idos de 1978, pouco tempo após ele ter deixado o Boca do Céu. Acervo de Osvaldo Vicino

Após a criação do grupo de ex-componentes do Boca do Céu, no aplicativo virtual, "Whatsapp", a conversação básica inicial enveredou por dois pontos básicos: as reminiscências de cada um sobre o nosso convívio na década de setenta e um apanhado sobre o que cada um fez da vida, doravante, inclusive a envolver a criação de família e a enumerar filhos e a trajetória deles, visto que falamos sobre filhos que hoje em dia são adultos e em alguns casos, com mais de trinta anos de idade. 

Em suma, uma grande atualização e que foi mais que prazerosa, mas elucidativa sobre como cada um construíra a sua respectiva vida.

Osvaldo Vicino a tocar guitarra nos dias atuais e nas fotos subsequentes, a tocar baixo com duas bandas tributo ao "Whitesnake". Acervo de Osvaldo Vicino

Sobre o Osvaldo, que eu já havia reencontrado algumas vezes após 2015, eu sabia que ele mesmo ao ter uma vida forjada no mundo corporativo do trabalho formal, jamais houvera abandonado a música e que muito pelo contrário, desenvolvera-se também como baixista nesses anos. 

Portanto, polivalente, a tocar guitarra ou baixo, esteve envolvido com bandas cover como o "Love Hunter" e "Snakebite", ambas a revelarem-se como bandas tributo ao grupo britânico, Whitesnake.

Wilton Rentero em sua residência, a praticar o violão. Acervo de Wilton Rentero

Já no caso do Wilton, que eu não tive notícias desde 1978, diretamente e apenas por volta de 2012, soube de algumas informações mais superficiais, graças ao Laert, também foi bom tomar conhecimento que ele jamais abandonou a música, inteiramente. 

Ao ter investido na música erudita, Wilton contou-nos que já em 1979, tornara-se um professor de violão erudito e que vivera efetivamente de suas aulas, até a metade dos anos oitenta, pelo menos. Ele enviou-nos alguns vídeos caseiros para o vermos a tocar no ambiente de sua residência e foi ótimo vê-lo a tocar tão bem.

Fran Sérpico contou-nos que vendera a sua bateria, cerca de dois anos após deixar a nossa banda em 1978 e que não se desenvolvera mais. Ele optou por focar em seus estudos, formou-se e tornou-se um homem de negócios a gerir uma empresa orientada pela instalação de equipamentos para gerar energia solar em parques industriais, residências e instituições as mais diversas. Muito bem sucedido, vivia nessa ocasião no Rio, mas mantinha uma base em São Paulo e ele nos disse que visitava a cidade para trabalhar, pelo menos uma vez por mês.

Marcamos enfim um ensaio/reencontro/confraternização para o dia 15 de fevereiro de 2020 e previamente, combinamos de resgatar todas as músicas que pudéssemos relembrar e também quatro canções do Joelho de Porco, para deixarmos fluir a parte musical do encontro, a contabilizar: "Mardito Fiapo de Manga", Boeing 723897", "México Lindo" e "São Paulo By Day". 

Em princípio, foi cogitada a hipótese de convidarmos agregados que tivemos na ocasião, amigos e membros com participação menor, mas não menos importante, caso da cantora, Pollyana Alves, por exemplo. Mas ao ponderar, resolvemos manter esse primeiro encontro, mais reservado e quem sabe em outros encontros posteriores, abrir espaço para algo mais expansivo, a agregar não somente ex-membros, porém, amigos que interagiram com a nossa banda nos idos de 1976-1979.

Continua...

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