sábado, 8 de fevereiro de 2020

Bastidores - Por Telma Jábali Barretto


Temos uma certa atração por aquilo que acontece nos camarins, no atrás da cena... e quando falamos no plural nos referimos a nós próprios e à natureza humana em geral, população...
Explicamos e desmembramos aquilo que estamos propondo como reflexão, expondo e, principalmente, trazendo para dividir esse especial interesse. Um passa pela necessidade de saber, pura e simplesmente, pelo conhecimento da intimidade alheia, com costumes e hábitos e toda gama de diversas emoções que as movimentam. Aquelas tratadas em biografias quando sérias e verídicas, num sentido que poderia até ser significativo e didático (afinal... aprendemos uns com outros) chegando às invencionices, coloridas por esse apelo que no vulgar denominamos com as fofocas, fakes... que, atualmente são abundantes nas redes sociais.
Hoje, a coluna social ‘dos antigamente’, possíveis, apenas, antes entre os bem-nascidos e, agora, democraticamente, servido ao bel prazer por cada qual e elegendo e satisfazendo a si e aos demais. Esse aspecto embora abundante...pouco interesse nos provoca. O outro lado desse interesse que, realmente, nos move passa por buscar interpretações de comportamentos bem mais subjetivos, anteriores e interiores mesmo, carregados não do que, momentaneamente, vemos, mas e sim! De um formato de fatos repetidos e viciados que a Vida insiste e persiste, para nossa felicidade, em quebrar, criando hiatos libertadores e promotores de substancial crescimento. Esses acontecimentos são carregados de informações, histórias, padrões e mecanismos que quando bem observados, com critério, trazem revelações, insights, subliminares, alavancas para abrirem novos caminhos, em princípio quase sempre ameaçadores para nossas seguranças e resistências, aquelas que insistimos em manter, amedrontados diante do desafio do convite para explorar novos atalhos que, talvez?!... criem simples vicinais, mas quem sabe?!... as próximas e livres vias de acesso aos grandes fluxos, desarmados e, portanto, mais responsáveis, com menos ‘vitimices’ e reações regredidas daquele tipo de energia infantil que não assume riscos e menos, ainda, compromissos... característica de uma fase mais adulta, madura... Independência!
Então, os bastidores que nos encantam não são aqueles de identificações com as alegrias/tristezas oscilantes das novelas, séries ou filmes entre o que ganhamos e perdemos, mocinho/bandido, saindo desse jogo dicotômico, dual, entre festejo e lamento, começando a operar nossa nau de experimentação, com realismo impregnado de perspectivas estimulantes, enriquecedoras numa aventura constante diante de quaisquer que sejam as muitas possibilidades que se apresentem e JAYA!!! ...um novo voo teremos alçado!
Crescemos olhando para fora e dentro, o outro e a nós... e quando um dos lados é privilegiado, certo que a parte de nós adormecida, impedirá o fluxo da plenitude, unicidade, inteireza, síntese em nós...

Telma Jábali Barretto é colunista fixa do Blog Luiz Domingues 2. Engenheira civil, é também uma experiente astróloga; consultora para a harmonização de ambientes e instrutora de Suddha Raja Yoga. 

3 comentários:

  1. Em suma, o equilíbrio entre os bastidores e a cena!!!
    abs,
    Mari

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  2. Sim...a percepção do que vem de fora e de que forma impacta dentro de nós: re-ação. Se não soubermos perceber o que 'sentimos' a cada agora, e filtrar...e, de pronto, re-agirmos a tudo e a todos, seremos sempre levados por mecanismos viciados e confortáveis (...ou não, e até...), respostas automáticas e conhecidas,papéis que estamos familiarizados a interpretar, sem gerar uma nova perspectiva de relacionamento e, consequentemente, mudança, transformação e amadurecimento.
    Gratidão pela contribuição! Abraço e na mas tê!

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