quinta-feira, 1 de novembro de 2012

Autobiografia na Música - Boca do Céu - Capítulo 25 - Por Luiz Domingues

À medida que a data da nossa participação no Festival FEMOC aproximou-se, nossa preocupação em ensaiar e apresentarmo-nos o melhor possível, norteou os primeiros dias de agosto de 1977. Preparamo-nos dentro de nosso limite, que foi estreito. Recordo-me que no dia da apresentação, acordei com uma sensação de frio no estômago. Foi meu segundo show da vida, sendo que o primeiro houvera sido uma apresentação tosca, e tenha tido como público, parentes e amigos do baterista, Fran Sérpico, tão somente, e portanto, pessoas indulgentes para conosco. Agora, seria diferente. A despeito do caráter amadorístico de um festival estudantil produzido em um colégio estadual, seria por outro lado, um palco, com um P.A. e público (alunos e parentes e amigos dos concorrentes), mas pela primeira vez para nós, numeroso, e mediante um contingente desconhecido a mirar-nos. E além disso, havia a excitação Rocker / juvenil por conta de após nossa participação no Festival, irmos assistir um show internacional. Estávamos muito eufóricos por poder assistir, Joe Cocker, na mesma noite.


Chegamos ao ginásio de esportes do meu colégio por volta das dezesseis horas, para fazer o soundcheck. O equipamento era surpreendente para um festival colegial. A explicação fora que pertencia a um conjunto de bailes do bairro, chamado, "A Gota", e um ou dois membros ter sido alunos do colégio, daí o preço camarada pela locação (isso é dedução minha, ao falar com a experiência adquirida, de hoje em dia...). Como completos incautos, mal sabíamos portarmo-nos em um soundcheck. Nossa sorte, foi que os demais concorrentes não eram nada diferentes de nós. Eu conhecia apenas uma banda, onde os elementos possuíam um nível melhor, e cujo guitarrista era meu conhecido, apesar de estar em uma série mais avançada, e ser mais velho. É uma lástima, mas não consigo lembrar-me do nome desse banda, e só lembro-me do apelido do sujeito : "Cri". O som deles era levemente influenciado pela latinidade Freak Rocker do “Santana”, e tocavam, tecnicamente, bem melhor do que nós. Feita a passagem de som (muito mal feita por sinal), a toque de caixa, fomos todos à minha residência, que era bem perto dali e fizemos uma concentração, a prepararmo-nos para tocar. Fomos ao colégio por volta das dezenove horas, sendo que o prometido seria tocarmos às vinte horas em ponto.
Continua...

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