Mas faço a ressalva que o nome da banda só foi definido cerca de dois meses depois, e não nos primeiros ensaios. Ensaiávamos
em num estúdio muito próximo da estação Santa Cruz do Metrô, na Rua
Loefgreen, para ser preciso. Era um estúdio montada em uma edícula, construída ao
fundo de quintal de um Buffet Infantil. Muitas vezes tivemos que passar
no meio de festas infantis, e causar espanto por conta de sermos os
quatro, cabeludos e a carregar instrumentos.
Nessa primeira leva de músicas ensaiadas logo no começo, lembro-me de uma releitura de "Ticket to Ride", dos Beatles, mas de tão acelerada, ficava descaracterizada. Para quebrar o ranço punk, preenchi com escalas de Rock'n Roll e depois que acostumei-me, parei de estranhar aquela versão...
Os donos do estúdio
eram dois garotos bem jovens e aficionados de psicodelia sessentista,
principalmente Mutantes e o Pink Floyd, fase Syd Barrett. Enquanto
ensaiávamos, eles costumavam subir ao telhado da edícula, que já era
suspensa e bem alta, para promover sessões esfumaçadas, a olhar as estrelas e dispersar o
aroma, para não causar suspeitas ao pessoal do buffet infantil.
O
New York Dolls, uma banda de Rock visceral, cru, a beirar o mal tocado,
mas nem assim, "Punk", como erroneamente é geralmente rotulada
As primeiras músicas foram ensaiadas, e eu notava que eles imprimiam sempre andamentos acelerados, ao fornecer aquele jeito desconfortável do Punk-Rock. Então, eu amenizava, ao criar linhas mais elaboradas de baixo, e dessa forma, a tirar o ranço punk, e aproximar a banda mais do Rock'n Roll tradicional e do Glitter Rock, que sempre usou como influência clara, o Rock'n Roll cinquentista. Mas não havia restrição alguma. Pelo contrário, os colegas gostavam das minhas criações, e incentivavam-me a prosseguir a sofisticar as linhas.
As primeiras músicas foram ensaiadas, e eu notava que eles imprimiam sempre andamentos acelerados, ao fornecer aquele jeito desconfortável do Punk-Rock. Então, eu amenizava, ao criar linhas mais elaboradas de baixo, e dessa forma, a tirar o ranço punk, e aproximar a banda mais do Rock'n Roll tradicional e do Glitter Rock, que sempre usou como influência clara, o Rock'n Roll cinquentista. Mas não havia restrição alguma. Pelo contrário, os colegas gostavam das minhas criações, e incentivavam-me a prosseguir a sofisticar as linhas.
Nessa primeira leva de músicas ensaiadas logo no começo, lembro-me de uma releitura de "Ticket to Ride", dos Beatles, mas de tão acelerada, ficava descaracterizada. Para quebrar o ranço punk, preenchi com escalas de Rock'n Roll e depois que acostumei-me, parei de estranhar aquela versão...
Definido o nome, produzimos as
primeiras fotos promocionais em um domingo de março de 1992; preparamos o
primeiro release, e marcamos o primeiro show para o dia 9 de abril de
1992, em uma casa noturna na Rua Augusta em São Paulo, chamada
: "Armageddon", e a dividir o palco com outra banda na mesma noite, chamada :
"Runa". Um bom público compareceu nesse show debut, cerca de duzentas
pessoas. E essa boa receptividade animou-nos.
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