Então tocávamos um Rock. A ideia seria fazer um Rock simples, no estilo
dos Rolling Stones, sem firulas e de certa forma, atemporal, sem querer
firmar a piada em cima da caricatura musical em si. Chamava-se :
"Crocodilo" e tratou-se de uma composição do Laert Sarrumor. O objetivo foi satirizar os exploradores da fauna e da flora, portanto tinha um certo
caráter ecológico, mas a real intenção subliminar, foi alfinetar
políticos ruralistas conservadores, invariavelmente contrários à reforma agrária e
geralmente envolvidos com uma série de crimes ambientais. Independente
do tema e da piada, eu apreciava muito tocar essa canção, pois era um
momento em que mais aproximava-me do Rock, embora esse não fosse o
objetivo do trabalho do Língua de Trapo. O Laert a cantava e fazia uma
performance a la Mick Jagger e o público apreciava e entrava no embalo. Se
por um lado era um momento com forte interação musical, por outro, essa
pequena euforia, tirava o foco da letra, e o seu objetivo que era fazer
rir, porém a refletir-se sobre o tema. Conforme comentarei mais
para a frente, essa música foi ao ar no programa, "A Fábrica do Som", em
1984, e trata-se de um dos poucos vídeos que existem no You Tube, com a
minha presença na banda.
"Crocodilo"(Laert Sarrumor)
Sou do Centro-oeste, tenho muito estilo
Carango importado, bolsa crocodilo
Sou o novo rico de Goiás
Já garanti meu dia de amanhã
Comprei fazenda em Ponta Porã
Eu tiro o couro, arranco a pele, extermino, assino e dou fé
Todo mundo sabe, já deu no jornal
No Globo Repórter deu especial "Matança no Pantanal"
Mas todos tem é que cruzar os braços
Pois para o dólar, não há embaraços
Eu tiro o couro, arranco a pele, extermino e dou fé
Eu mato jacaré, eu mato jacaré...
"Crocodilo"(Laert Sarrumor)
Sou do Centro-oeste, tenho muito estilo
Carango importado, bolsa crocodilo
Sou o novo rico de Goiás
Já garanti meu dia de amanhã
Comprei fazenda em Ponta Porã
Eu tiro o couro, arranco a pele, extermino, assino e dou fé
Todo mundo sabe, já deu no jornal
No Globo Repórter deu especial "Matança no Pantanal"
Mas todos tem é que cruzar os braços
Pois para o dólar, não há embaraços
Eu tiro o couro, arranco a pele, extermino e dou fé
Eu mato jacaré, eu mato jacaré...
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