A seguir, saíamos do palco sob a deixa de mais uma vinheta, e enquanto o
público continuava a desopilar o fígado, tirávamos aquele paletó cor de
abóbora medonho, e voltávamos ao palco a usar chapéus típicos de cowboy
norteamericano. Tratava-se de um chapéu vermelho, bem espalhafatoso e claro, já
arrancava risadas mesmo antes de começarmos a próxima música. Tratava-se
da canção, "Country os Brancos", no estilo da Country Music, a satirizar o preconceito contra os
índios e claro, ao final com uma provocação à Funai, que também não sei
como a censura da época deixou passar. A música era de autoria
do Carlos Melo e do Lizoel Costa. O Laert a cantava junto com o Pituco, e
ambos entravam com revólveres de brinquedo e coldre.
"Country os Brancos" (Carlos Melo e Lizoel Costa)
Meu sonho era ir para o Velho Oeste
Dar uns tiros de pistola e de canhão
Fazer tudo que John Wayne fazia
Co'as filha dos cacique valentão
Meu sonho era ser um texano
Dos bem bacano, o xerife mais temido
Daquele que chega em casa e beija o cavalo
E na mulher, finca um tapão no pé do ouvido
Me lembro dos meus tempo de pixote
Nóis ia no cinema de domingo
Pra ver aqueles filme engajado
Dólar furado, Bat-Masterson e Ringo
O Rin-Tin-Tin era um big dum artista
Era racista, só mordia as indiarada
Porque nos filme Bang-Bang que se preza
Pele vermelha sempre vira carne assada
Tirei passaporte pro Arizona
Meu sonho era inda ser cowboy
Quando cheguei nos Estados Unidos
Fui recebido com as honras de um herói
Xerife me deu um revólver de prata
E disse :"Mata quantos índios o senhor quiser"
Porque aqui o cabra que matar mais indio
Tem por troféu a mais formosa das muié
Fui dando tiro a torto e direito
Matei uns déis indígena medonho
Casei com um muierão de sete parmo
Depois mais carmo vi que tudo era um sonho
Eu nunca fui cowboy no Arizona
Tô no Amazonas tem uns quatro mês ou mais
Num devo nada pros cowboy que tem no Texas
Pois ando armado a serviço da Funai
Os erros gramaticais nesse country music, são todos propositais, ao estilo Adoniran Barbosa...
"Country os Brancos" (Carlos Melo e Lizoel Costa)
Meu sonho era ir para o Velho Oeste
Dar uns tiros de pistola e de canhão
Fazer tudo que John Wayne fazia
Co'as filha dos cacique valentão
Meu sonho era ser um texano
Dos bem bacano, o xerife mais temido
Daquele que chega em casa e beija o cavalo
E na mulher, finca um tapão no pé do ouvido
Me lembro dos meus tempo de pixote
Nóis ia no cinema de domingo
Pra ver aqueles filme engajado
Dólar furado, Bat-Masterson e Ringo
O Rin-Tin-Tin era um big dum artista
Era racista, só mordia as indiarada
Porque nos filme Bang-Bang que se preza
Pele vermelha sempre vira carne assada
Tirei passaporte pro Arizona
Meu sonho era inda ser cowboy
Quando cheguei nos Estados Unidos
Fui recebido com as honras de um herói
Xerife me deu um revólver de prata
E disse :"Mata quantos índios o senhor quiser"
Porque aqui o cabra que matar mais indio
Tem por troféu a mais formosa das muié
Fui dando tiro a torto e direito
Matei uns déis indígena medonho
Casei com um muierão de sete parmo
Depois mais carmo vi que tudo era um sonho
Eu nunca fui cowboy no Arizona
Tô no Amazonas tem uns quatro mês ou mais
Num devo nada pros cowboy que tem no Texas
Pois ando armado a serviço da Funai
Os erros gramaticais nesse country music, são todos propositais, ao estilo Adoniran Barbosa...
Nenhum comentário:
Postar um comentário