sexta-feira, 6 de fevereiro de 2015

Amor - Por Telma Jábali Barretto

Força, energia, sentimento...Um pulsar !


Combustível dos românticos, mobilizador dos idealistas...Haverá / será ideal sem envolvimento sério, zelo em qualquer projeto, pessoal ou comunitário, que, sem paixão siga adiante?


Sentimento laureado, misterioso, mas tão passível de fraudes e embustes que vão do divino ao mundano, da transcendência à passionalidade denunciando nosso trânsito pela vida em seu transcorrer solene, inquebrantável !

Da posse, apego aos mais sublimes versos e experiências de místicos e heróis, convivemos com seus apelos, aromas...


Ao longo da jornada evolutiva transitamos por suas múltiplas variáveis. 

Quando profundamente enraizados na matéria densa que ocupamos, ali mesmo, experimentamos seu oposto, cuja essência se fundamenta no medo.

Medo ?!...sim ! E, com todas as perdas, abandonos que o verdadeiro amor ensina a enfrentar, desnudar . 

Verdadeiro amor ? Existirá/será algum falso amor ? 

Da perspectiva de quem ‘ama’, obviamente não ! Mas é certo que todos, sem exceção, já amamos, e amamos, e amamos de maneira que não mais amaríamos como ali, anteriormente amamos, naquela plenitude que conhecemos, soubemos, pudemos e fomos capazes.

Quantos projetos pessoais, daqueles a dois aos mais encantados trabalhos, ideais, horizontes prospectados que, do filosofado ao fantasiado, hoje, gratos somos pela perda, decepção e dissolução do envolvimento motivador que, em seu princípio, meio e fim, levou-nos além mesmice, além conforto, além piloto automático...fazendo florescer coragens !

Com ele aprendemos a colorir, vibrar, buscar, bem como caminhos do reter, possuir, até aprisionar. Também ele, ensina a abnegar, ceder e abdicar, pela causa, pelo outro ou por si.


Quanto mais cientes desse fluxo, mais claramente enxergamos, nesse pulsar, a força única que movimenta as águas profundas do in cons ciente, trazendo o que denominamos entusiasticamente  tsunamis, semeadores de morte e renascimento, desvendando ser meros, simples fluxos e refluxos do eterno e inexorável convite da vida para o desabrochar e cons ciente  Ser.


Então, só e sós, o verdadeiro amor parece ser aquele, capaz de propiciar o mergulhar em si, conhecendo e saboreando todos os gostos do encanto à perda, continuamente comprometendo-nos em outro, novo e mais um encantar/perder/perder-se para que a Raiz da Vida, que é o próprio Amor, seja finalmente nosso encontro com o mais puro existir !



Telma Jábali Barretto é colunista fixa do Blog Luiz Domingues 2.

Engenheira civil, é também uma experiente astróloga; consultora para harmonização de ambientes e instrutora de Suddha Raja Yoga.

Nesta crônica, nos fala sobre a energia do amor; sua energia, fluxo, e força incrivelmente poderosa.

11 comentários:

  1. Visceral...não podemos emitir amor, se não reverenciamos nossa fonte interna...e, por vezes, nos esquecemos dela em função do próprio amor! Namastê!

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    1. Visceral...gostei!
      A fonte interna é a própria fonte do Amor! Vida de nossa Vida e Raiz de tudo!
      Gratidão, na mas tê!

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  2. Belíssimo texto e tema. Sem amor não somos nada quando algo acontece e pensamos que acabou, ele se transforma e é no fim que recomeça.
    É algo que quanto mais doamos mais temos!
    Parabéns! Fiquei emocionada!

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    1. Grata Jani por seu comentário.
      Tema inesgotável, que reescreveremos eternamente à medida que cresçamos em Amor...infinitamente!

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  3. Lindo texto. Como o amor é belo! Pena que poucos sabem lidar com ele. Dificilmente, estamos com quem amamos. Mas vamos tentando esquecer um amor com outro. Pois sem ele, não poderíamos viver.
    E viva o amor!

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  4. Amor é mesmo a força propulsora da Vida...mas, discordo quanto a não estarmos com quem amamos ou ainda esquecer um amor com outro amor. Nosso olhar vai mais no sentido de mobilizar todo cuidado e dedicação nas relações e projetos com os quais estejamos envolvidos e mais...a cada etapa no florescer, apegar-se a deixar...digerir, assimilar para que o convite do Amor deixe seu ensinamento ou, corremos o risco de errar nos mesmos lugares, vivendo num simples e repetido moto contínuo não absorvendo seu trabalho em nós.
    Grata pela sua leitura e comentário. Abraço grande aí

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  5. Obrigada pela dica. Me ensinaram que um amor, se cura com outro amor. Mas na realidade, isso não é verdade.
    Abraço.

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  6. Olá! Amor... Distorcido, aos poucos vai perdendo sua mobilidade. www.gravatacombatom.com.br

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  7. Se entendi, Fabio, a perda da mobilidade deva ser quando o apego, posse passam a ser o que se entenda por Amor...ai sim, imobiliza-nos como a quem, ou o que entendemos amar.
    Grata pelo comentário!

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  8. Telma, visceral como alguém já disse, em outro comentário, e falar de Amor tem que se entregar mesmo que o tema é abrangente e de vital importância na vida de todos nós,como você fez escreveu com abrangência e propriedade. O AMOR assim em letras maiúsculas, só quando tivermos condição de viver o AMOR PURO..

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  9. Grata Adriano por seu comentário.
    Amor puro imagino seja o que também chamamos de amor incondicional.
    Temos a eternidade para aprender...assimilando, absorvendo de sua linguagem a ensinar no próprio viver! NA MAS TÊ!

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