Neste meu segundo Blog, convido amigos para escrever; publico material alternativo de minha autoria, e não publicado em meu Blog 1, além de estar a publicar sob um formato em micro capítulos, o texto de minha autobiografia na música, inclusive com atualizações que não constam no livro oficial. E também anuncio as minhas atividades musicais mais recentes.
quarta-feira, 4 de fevereiro de 2015
Autobiografia na Música - Pitbulls on Crack - Capítulo 47 - Por Luiz Domingues
Subitamente, o roadie dessa banda entrou
desesperado no camarim, e perguntou-me se eu poderia emprestar o meu
baixo, pois o baixista daquela banda, havia estourado
uma corda, e não havia levado um segundo instrumento, sobressalente.
Claro
que emprestei-o, sem pestanejar, pois independente de eu não gostar daquela
estética deles, é óbvio que eu não poderia deixar de ajudar em um momento desses. Uma
coisa não tinha nada a ver com a outra, evidentemente.
O roadie deles levou
então o meu "Tajima", que eu levara como segundo baixo naquela noite
(toquei ao vivo com o "Rickenbacker").
Do camarim, ouvi o som a ser
retomado, e o show dos rapazes prosseguiu, com todo aquele sucesso que havia amealhado, e os seus
fãs a delirar. O evento que veio a seguir, foi que aborreceu-me
profundamente...
Quando terminou o seu show, os rapazes voltaram ao camarim, e o
baixista, nem a olhar o meu rosto, jogou o meu baixo bruscamente sobre uma
cadeira, e ele só não
foi parar no chão porque o roadie deu um mergulho cinematográfico para
salvá-lo da queda no solo. Mais preocupado em desfrutar dos louros da
sua fama entre bebidas e groupies, ignorou-me completamente. O seu roadie
ficou enrubescido e pediu-me desculpas. Ponto para o roadie, que foi
humilde; educado, e
teve a atitude minimamente decente de uma pessoa de bem. Um ano depois,
esses senhores cruzariam o nosso caminho novamente. No momento oportuno,
contarei.
E assim foi a nossa participação no evento denominado, "Peso Local".
Alguns dias depois, o especial foi ao ar na MTV, e a edição foi digna para
nós, embora seja possível para ver pessoas a fazer gestos obscenos, e ouvir
alguns apupos na última música.
A entrevista com o Gastão Moreira também
foi boa, bem naquele padrão do Pitbulls on Crack, ou seja, com direito a piadas; sarcasmos, e
afins.
E a constatação final desse show foi de que o Pitbulls vinha de
uma série de eventos muito proeminentes, que deu-lhe bastante exposição
midiática.
Esse momento do Pitbulls on Crack só foi comparável ao bom momento do
Língua de Trapo em minha segunda passagem por tal banda, e na melhor fase d'A
Chave do Sol, após quatro anos de batalha dura.
Com
o Pitbulls on Crack, as oportunidades surgiam de uma forma fácil, e talvez se
cantássemos em português, poderíamos ter capitalizado essa exposição de
uma maneira melhor. Aliás, "talvez", não, mas com certeza...
Assista abaixo a performance de "Under the Light of the Moon" proveniente desse show do Olympia em São Paulo, no mês de julho de 1994 :
O link para assistir "Under the Light of the Moon no You Tube" :
Show do Olympia... Foi minha primeira "ida" aquela casa de shows que como citado por vc, grandes passaram por lá. Me lembro muito bem da educação vinda do pessoal do Dr.Sin. O Angra com toda uma badalação paga pela Eldorado e com a mídia forte do casamento Angra/ revista Rock Brigade, que a todo ano o agraciava elegendo-a a melhor banda do ano. Claro, ficava fácil fazer isso, pois os caras estavam vendendo revistas e discos. Eu como não gostava da banda e deixei de gostar mais ainda justamente nesse show, onde estava ali ao lado do Ricardo Confessori observando a ele na condução precisa da bateria, e ao terminarem o set o Mattos foi para trás da cortina, o público clamando por eles, e o Fernando (RB) dizendo "chega, já tocou demais, principalmente pelo que estamos ganhando, se quiserem que comprem o disco", achei isso um desrespeito total, com caravanas que vieram de diversas cidades para ve-los, até pq seria o primeiro show deles em SP após o lançamento de Angels Cry.
Já dos caras do Raimundos na minha opinião apenas o Fred, baterista era uma pessoa "conversável", já o dito baixista até os dias de hj com a banda dele sendo um lixo pior do que quando começou, continua com a mesma arrogância.
Suas impressões batem com as minhas ipsis litteris. De fato, o pessoal do Dr. Sin sempre foi extremamente profissional e no trato pessoal, de uma humildade que retratava a sua grandeza como artistas de qualidade que são.
Já o Angra, como eu nunca fiz parte do mundo do "Heavy-Metal", não tinha muito acesso. Mas conhecia vagamente os bastidores da sua produção e portanto sabia o quanto essa banda teve uma blindagem de marketing da revista Rock Brigade, e por conseguinte da gravadora Eldorado. Não tiro os méritos artísticos deles, é claro, pois são respeitáveis, com todo o virtuosismo de seus instrumentistas etc e tal. Eles eram / são bons para o seu mundo metálico, isso eu não discuto. Mas a postura deles em bastidores era de altivez, infelizmente.
Sobre a terceira atração daquele show compartilhado, prefiro não falar nada. Acho que não é necessário.
Grato pela participação, grande Jason, testemunha ocular e participante dessa história !!
Show do Olympia...
ResponderExcluirFoi minha primeira "ida" aquela casa de shows que como citado por vc, grandes passaram por lá.
Me lembro muito bem da educação vinda do pessoal do Dr.Sin.
O Angra com toda uma badalação paga pela Eldorado e com a mídia forte do casamento Angra/ revista Rock Brigade, que a todo ano o agraciava elegendo-a a melhor banda do ano.
Claro, ficava fácil fazer isso, pois os caras estavam vendendo revistas e discos.
Eu como não gostava da banda e deixei de gostar mais ainda justamente nesse show, onde estava ali ao lado do Ricardo Confessori observando a ele na condução precisa da bateria, e ao terminarem o set o Mattos foi para trás da cortina, o público clamando por eles, e o Fernando (RB) dizendo "chega, já tocou demais, principalmente pelo que estamos ganhando, se quiserem que comprem o disco", achei isso um desrespeito total, com caravanas que vieram de diversas cidades para ve-los, até pq seria o primeiro show deles em SP após o lançamento de Angels Cry.
Já dos caras do Raimundos na minha opinião apenas o Fred, baterista era uma pessoa "conversável", já o dito baixista até os dias de hj com a banda dele sendo um lixo pior do que quando começou, continua com a mesma arrogância.
Um adendo sensacional, Jason.
ExcluirSuas impressões batem com as minhas ipsis litteris. De fato, o pessoal do Dr. Sin sempre foi extremamente profissional e no trato pessoal, de uma humildade que retratava a sua grandeza como artistas de qualidade que são.
Já o Angra, como eu nunca fiz parte do mundo do "Heavy-Metal", não tinha muito acesso. Mas conhecia vagamente os bastidores da sua produção e portanto sabia o quanto essa banda teve uma blindagem de marketing da revista Rock Brigade, e por conseguinte da gravadora Eldorado. Não tiro os méritos artísticos deles, é claro, pois são respeitáveis, com todo o virtuosismo de seus instrumentistas etc e tal. Eles eram / são bons para o seu mundo metálico, isso eu não discuto. Mas a postura deles em bastidores era de altivez, infelizmente.
Sobre a terceira atração daquele show compartilhado, prefiro não falar nada. Acho que não é necessário.
Grato pela participação, grande Jason, testemunha ocular e participante dessa história !!