Nesses termos, logo que recebemos o áudio completo do show, o guitarrista Phill Rendeiro, que estava a se qualificar como técnico de áudio, inclusive sob um processo que já remontava há anos mediante estudos, cursos e tudo mais, encampou a missão de trabalhar na mixagem desse material.
Ficou claro desde as primeiras provas que recebemos, que a nossa performance nesse show fora muito boa, a confirmar a impressão que tivemos ali mesmo no palco, durante o calor da apresentação e também quando vimos a filmagem logo a seguir, no mesmo dia.
No entanto, tal impressão se reforçou ao constatarmos que mediante o áudio com o qual o Phill estava a trabalhar, que não ocorrerem grandes falhas, a não ser pequenos esquecimentos pontuais de um ou outro instrumentista individualmente e algum desequilíbrio na mixagem estabelecida ao vivo pelo técnico que operou o PA no dia do espetáculo e neste caso, eu o isento de culpa, pois sei que é difícil ao extremo operar um show ao vivo sem haver um soundcheck bem feito e no ambiente de um festival com sete ou oito bandas a tocar, uma atrás da outra e sem soundcheck, a missão foi impossível.
Portanto, a qualidade se mostrou muito boa, muito acima da média para facilitar o trabalho do Phill, nesse sentido. Não obstante a qualidade observada, abriu-se a possibilidade de promovermos "overdubbings" para sanarmos as poucas falhas que tivemos e eventualmente acrescentarmos alguns detalhes para melhorar o áudio.
E assim, em 16 de abril de 2022, uma sessão de teclados foi marcada no "Mandioka's Studio", o famoso QG do Kim Kehl, para que o companheiro, Nelson Ferraresso, pudesse gravar alguns detalhes de teclados, bem poucos na verdade,
Nelson Ferraresso a gravar teclados em 16 de abril de 2022. Click, acervo e cortesia: Kim Kehl
Ficou em aberto uma segunda sessão para a gravação de alguns backing vocals que ficaram realmente muito baixos no áudio original e nesse caso, sem possibilidade de operação para aumentar o som e talvez, uma frase de baixo que eu deixei de fazer no dia, por distração.
Phill Rendeiro atento ao seu laptop a observar a gravação de "overdubbing" de teclados. 16 de abril de 2022. Click, acervo e cortesia: Kim Kehl
Infelizmente, nesse mesmo dia 16, Os Kurandeiros tiveram uma triste notícia para contrastar com o bom astral com o qual a sessão de overdubbing de teclados transcorrera. Ocorreu que soubemos do falecimento nesse dia do baterista, Fábio Scattone, que foi membro da banda entre 2006 e 2011 e gravou o álbum "Mambo Jambo", em 2008. Segundo fomos informados, ele lutou contra um câncer por dois anos, mas não conseguiu superá-lo, lamentavelmente, e assim nos deixou.
Fábio Scattone, isolado no enquadramento e em ação com Os Kurandeiros ao vivo, em foto de Juja Kehl. Na segunda foto, a dublar com a banda a canção, "Deixe Tudo" no programa: "Todo Seu" do Ronnie Von, na TV Gazeta de São Paulo, em agosto de 2008. (foto: autor desconhecido)
Eu me tornei componente da banda em agosto de 2011, e o primeiro baterista, Carlinhos Machado, já havia voltado para a formação alguns meses antes da minha estreia, portanto, eu nunca toquei com Fábio Scattone, nem mesmo sob outras circunstâncias em eventuais jam-sessions e/ou gravações e aliás, nem o conheci pessoalmente, mas sabia da sua passagem longa pela banda e da importância que teve na construção da história d'Os Kurandeiros, e assim, claro que fiquei triste com a notícia. O seu legado ficou para sempre, certamente, através do álbum que gravou e que faz parte da nossa discografia, com orgulho.
E para fechar o mês de abril, além da marcação de uma outra sessão de "overdubbings", tivemos enfim uma boa surpresa, ao termos a música: "A Galera Quer Rock", inclusa no playlist do programa "Só Brasuca" da Webradio Crazy Rock, por escolha do radialista, Julio Cesar Souza. Ficamos contentes com essa oportunidade, naturalmente. Aconteceu entre 23 e 29 desse mês citado.
Continua...
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