domingo, 28 de agosto de 2022

Autobiografia na música - Boca do Céu - Capítulo 78 - Por Luiz Domingues

Na base da "selfie" e sem descuidar da máscara, apesar de estar com quatro doses da vacina no organismo, eis a minha persona a sinalizar na frente da câmera, com Wilton Rentero ao fundo e Osvaldo Vicino (encoberto). Ensaio do Boca do Céu no estúdio Armazém de São Paulo em 1º de maio de 2022. Click (selfie) e acervo: Luiz Domingues 

O próximo passo que efetuamos foi a retomada dos ensaios básicos do trio de cordas já a avançar sobre a chamada "fase B" do projeto. Dessa forma, eu (Luiz), Wilton Rentero e Osvaldo Vicino nos encontramos no estúdio Armazém do bairro do Tatuapé, sob a hospitalidade do simpático, proprietário, técnico e músico, Henrique Polak.

Osvaldo Vicino se prepara, enquanto o proprietário do estúdio, nosso amigo Henrique Polak, observa Wilton Rentero a mexer no seu amplificador. Ensaio do Boca do Céu no estúdio Armazém de São Paulo em 1º de maio de 2022. Click e acervo: Luiz Domingues

Nessa ocasião, 1º de maio de 2022, trabalhamos então com um esforço inicial para filmarmos uma nova versão de mapa para "Centro de Loucos", conforme havíamos combinado mudança mediante o ensaio anterior com a banda completa, a contar com o nosso vocalista e compositor, Laert Sarrumor.

E um outra ação que empreendemos nesse dia, foi trabalharmos no "Rock do Cometa", ou seja, a aproveitar que havíamos concluído uma versão livre no ensaio anterior, aproveitamos para fechar um mapa provisório e assim tornar a música mais definida para ser trabalhada doravante.

Já no dia seguinte, eu organizei, mediante a elaboração de um texto relativamente longo uma ideia que já guardava comigo desde 2020 e que a pandemia havia deixado engavetado pela sua inviabilidade óbvia. Mas diante de uma nova perspectiva de pandemia sendo controlada e a vida cultural florescendo, eis que me animei e passei para os companheiros no grupo de Whatsapp da banda e com a expressa recomendação para que a esposa do Laert e empresário do Língua de Trapo, Marcinha Oliveira, tomasse ciência do projeto.

Pois então, eu sugeri em tal texto que se elaborasse um projeto centrado nas personas do Laert e minha própria, Luiz, sob um mote que evocasse um ponto do passado da carreira e em contraste com o presente de cada um. Dessa forma, sob a aura de um festival temático a ser denominado: "Ontem & Hoje" ou algo similar, haveria um show do Boca do Céu e na mesma noite, do Língua de Trapo, ou seja, assim a denotar a origem e o presente do Laert na música e por acaso, na qualidade de um ex-membro do Língua de Trapo, igualmente, eu também me qualificaria com uma identidade dupla neste caso e poderia eventualmente tocar um ou duas músicas no show do Língua para demarcar esse ponto em comum.

Wilton Rentero a se preparar para o trabalho. Ensaio do Boca do Céu no estúdio Armazém de São Paulo em 1º de maio de 2022. Click e acervo: Luiz Domingues

E se houvesse a possibilidade da ampliação do projeto, uma segunda noite marcaria um show d'A Chave do Sol a significar um ponto passado da minha carreira e na mesma noite, uma apresentação d'Os Kurandeiros, ou seja, a seguir a mesma motivação de se evocar passado e presente, neste caso, a usar a minha persona como foco.

Sobre A Chave do Sol, nos capítulos correspondentes desta banda, essa movimentação em torno de um show tributo ao Rubens Gióia, estava em voga e sobre Os Kurandeiros, não haveria problema algum, com a banda na ativa, a lançar disco novo recentemente e neste ponto de 2022, a trabalhar para lançar mais um álbum, desta feita ao vivo. E ainda havia a possibilidade de incluir o Pitbulls on Crack, minha banda nos anos 1990, no festival, e tal chance de reunião também está comentada nos capítulos mais recentes sobre as movimentações de 2022 dessa banda.

Bem, o Laert adorou a ideia e passou para a Marcinha o bojo que eu descrevi no texto. Tive a aprovação por aclamação da parte do Wilton e do Osvaldo, igualmente. Uma reunião ficou de ser acertada para avançarmos nesse projeto, a fim de organizar um material formal para a apresentação aos produtores culturais, principalmente a se ventilar o circuito do Sesc, sob uma primeira instância. 

E nesse ínterim, seguimos a nos organizar para preparar o melhor resgate possível das nossas canções compostas nos anos 1970 e incorporarmos novas ideias a fim de gravar uma demo, ou quiçá um disco, o que seria o ideal, certamente, para coroar o nosso sonho não realizado naquela década.

Continua...

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