Foi quando chegou a semana na qual participaríamos de um show em regime de dobradinha com uma banda amiga, no caso a se tratar do grupo de Rock: "Os Estranhos", projeto capitaneado pelo ex-baixista da banda "Tomada", Marcelo "Pepe" Bueno. Que ótimo, participar de show compartilhado com uma banda amiga é sempre mais do que um prazer, mas também um sinal de segurança no sentido de que sob qualquer intempérie, todos se ajudam fraternalmente para sanar as dificuldades.
O segundo ponto a ser ressaltado se deu com o fato de que o espetáculo esteve marcado para um espaço cultural agradabilíssimo e no qual a nossa banda já o havia visitado tempos antes (em 2018), quando ali estivemos para realizar uma das datas para cumprir a turnê que fizéramos com Edy Star. Foi natural então que ficássemos contentes com tal notícia, pois a nossa lembrança sobre a Casa de Cultura Raul Seixas, localizada dentro do parque homônimo, na zona leste de São Paulo, fora a melhor possível.
Para tal evento, marcamos um ensaio prévio, realizado em um estúdio localizado no bairro do Sumaré na zona oeste da cidade, que aconteceu no dia 26 de outubro. Apesar do hiato de apresentações dos últimos tempos, a ferrugem não foi grande para tirarmos e pelo contrário, foram pouquíssimas as arestas aparadas por nós.
Sobre o evento em si, ele foi um esforço da Associação Cultural do Rock (ACR), em conjunto com a Secretaria Municipal de Cultura do Município de São Paulo, ou seja, uma perspectiva rara nos dias então em voga, nos quais as oportunidades para artistas independentes e notadamente as bandas de Rock, se mostrava inexistentes. E melhor ainda, a ideia foi estabelecer um rodízio organizado com bandas associadas da "ACR", a rodar por diversas casas de cultura existentes no circuito da cidade. Portanto, comemoramos tal hipótese alvissareira, sem dúvida alguma. No caso, o projeto recebeu a alcunha de: "Rock no Rolê".
Contudo, independente dessa perspectiva a respeito de uma possível turnê e não de apenas um show avulso, nós tivemos uma notícia preocupante sobre essa data em específico. E não foi por culpa dos envolvidos pela produção do evento e nem mesmo da parte da direção da Casa de Cultura Raul Seixas.
O que ocorreu foi que por força das circunstâncias, o parque passava por reformas e dessa maneira, o local mais adequado para a realização do show, a simpática casa maior, na qual havíamos nos apresentado em 2018, estava interditada. E mais um problema de ordem técnica: o equipamento de PA disponível no local, não se encontrava ali guardado no almoxarifado por força da reforma estrutural do parque.
Foi nesse ponto que a boa vontade das duas bandas envolvidas se fez presente e mediante o velho e bom mutirão, foi combinado um esforço para se montar um PA pertencente às próprias bandas, algo bem no estilo "Frankenstein" e assim, mesmo não sendo o procedimento adequado para bandas profissionais, nos imbuímos daquele espírito Rocker e idealista dos heroicos tempos juvenis e assim aconteceu.
Continua...
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