quarta-feira, 6 de março de 2024

Autobiografia na música - Kim Kehl & Os Kurandeiros - Capítulo 198 - Por Luiz Domingues

Nos reunimos nas dependências do estúdio Mad, de São Paulo, em 26 de janeiro de 2024. Fazia tempo que não nos víamos e principalmente, tocávamos, é bem verdade. Porém, por sermos, uma banda para lá de calejada, para tirar a ferrugem, não foi nada demais, pois saímos a tocar como se estivéssemos sob uma sequência forte de shows, exatamente como nos encontráramos nos anos de 2016, 2017 e 2018, nos quais tivemos agenda bem cheia, ou seja, mesmo com os últimos tempos não sendo tão prósperos nesse sentido, a experiência acumulada nos proporcionara essa boa condição.

Um site de venda antecipada de ingressos entrou em ação e assim, a promoção do show foi feita mediante tal facilidade adicional. Colocamos a propaganda nas redes sociais e decidimos não promover mais um ensaio, haja vista que a performance no primeiro apontamento houvera sido bem satisfatória.

Apesar do desfalque do Nelson Ferraresso, um tecladista exemplar, o quarteto instrumental estava acostumado a dar o recado com uma eficácia enorme e não é que o Nelson não tenha nos feito falta, mas tocar em quarteto ou até mesmo como "Power Trio", também foram formatos que Os Kurandeiros se acostumaram a cumprir sem nenhum problema. 

E claro, com a potente voz da nossa querida, Renata "Tata" Martinelli, o quinteto se colocou "pronto para a festa" de uma forma muito tranquila. 

Particularmente, eu fiquei muito feliz por receber o convite do próprio Kim Kehl para que o Boca do Céu, a minha primeira banda de carreira e reativada recentemente para promover o resgate das músicas perdidas de seu repertório nos anos setenta, abrisse o show. Essa iniciativa abriu um portal para a minha "velha nova banda" e ao mesmo tempo, me proporcionou uma segurança enorme, pois os Os Kurandeiros estariam ali para dar todo o respaldo.

Nesse mesmo princípio de solidariedade, o Kim também convidou outra banda e igualmente formada por grandes amigos, a se tratar do grupo: "Los Interessantes Hombres Sin Nombre", do guitarrista Marcos Mamuth e do jornalista, Ayrton Mugnaini Junior. E além da amizade de todos os amigos envolvidos sob muitas conexões (Ayrton foi amigo de adolescência do Kim Kehl e é ligado ao Língua de Trapo de Laert Sarrumor, desde os primórdios dessa banda, há de se destacar a incrível coincidência do baterista das três bandas que apresentar-se-iam, ser o mesmo músico, o nosso querido amigo, Carlinhos Machado!

Haveria de ser uma maratona para ele, naturalmente, mas a facilidade que tal advento exótico ofertaria à dinâmica da troca de "set ups" entre as três bandas, também seria algo raro e absurdamente facilitador, apesar do cansaço que ele haveria de sentir, após cumprir uma autêntica maratona.

Em 10 de fevereiro de 2024, eu participei com o Boca do Céu do programa "Rádio Matraca" da USP FM, comandado por Laert Sarrumor, Ayrton Mugnaini Junior e de Alcione Sanna, outra amiga de longa data, por ter sido minha aluna nos anos 1990. E nesse dia, além de uma mini apresentação do Boca do Céu ao vivo e também da parte do "Los Interessantes Hombres Sin Nombre", eu pude conversar bastante sobre a minha carreira inteira e claro, eu e Carlinhos Machado falamos bastante sobre Os Kurandeiros, e para ilustrar, as músicas: "A Noite Inteira" e "Cidade Fantasma" foram executadas.

O podcast permanente para se ouvir tal entrevista é acessível pelo link: 

https://jornal.usp.br/radio-usp/sinopses/radio-matraca/

Continua...

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