terça-feira, 19 de março de 2024

Autobiografia na música - Boca do Céu - Capítulo 125 - Por Luiz Domingues

Fora toda essa comoção interna de nossa parte em face ao retorno do Boca do Céu aos palcos, após um inacreditável hiato de quarenta seis anos (1978-2024), ainda haveria a exótica participação dessa minha banda inicial de carreira e revivida naquele instante, por estar a abrir o show de minha banda regular desde 2011, Os Kurandeiros, ou seja, um elemento a mais para fazer dessa noite uma ocasião bem especial.

Não foi a primeira vez que eu haveria de tocar com duas bandas durante o mesmo evento, no entanto, desta feita tal elemento agregaria ainda mais a sensação de um sabor muito especial para a noitada Rocker que se pronunciara.

Dentro da logística interna que construímos, eu combinei de fornecer carona para o Laert e sua esposa (e nossa empresária), Marcia Oliveira e para tal, marquei com ambos o nosso encontro para ocorrer em uma estação de metrô bem próxima da minha residência na ocasião. Cheguei ao local com alguns minutos de antecedência em relação ao horário que marcamos e fiquei em um ponto estratégico para visualizar a chegada do casal amigo, quando ambos haveriam de se apresentar nas catracas de saída da estação.

A brincar com essa foto no seu perfil da rede social Facebook, o músico e técnico de áudio, Célio Boim colocou a legenda: "será que é ele?" a se referir à minha pessoa, Luiz Domingues, no fundo, perto de uma placa publicitária, estrategicamente colocado a observar as catracas de saída da estação Ana Rosa do metrô de São Paulo, a aguardar a aproximação de Laert Sarrumor e Marcia Oliveira.17 de fevereiro de 2024. Click (selfie), acervo e cortesia: Célio Boim

Foi nesse ínterim, que percebi um rapaz a mirar-me com aquela expressão facial típica de que me conhecia, no entanto eu não me lembrei exatamente dele naquele instante. Foi quando ele sinalizou-me, eu me aproximei e ali travamos uma boa conversa. Fã d'A Chave do Sol, ele se apresentou e foi então que eu recordei dele pela nossa amizade virtual estabelecida via Facebook, a se tratar de Célio Boim.

Foi quando Laert e Marcia chegaram, e surpreso por também conhecer o Laert por conta do Língua de Trapo, lhe revelamos que estávamos a nos encontrar a visarmos cumprir o soundcheck no Instituto Cultural Bolívia Rock, para nos apresentarmos a noite, com o "Boca do Céu", a nossa gloriosa primeira banda de carreira de ambos.

No comando da "selfie", o músico e técnico de som/operador de PA, Célio Boim, confraternizou comigo (Luiz Domingues), Laert Sarrumor e Marcia Oliveira a empresária do Língua de Trapo e também do Boca do Céu. Estação Ana Rosa do metrô de São Paulo. 17 de fevereiro de 2024. Click (selfie), acervo e cortesia: Célio Boim

Experiente como músico e técnico de som (ele operava PA de espetáculos musicais os mais variados), nos disse que não iria assistir apenas porque trabalharia com a sonorização de um show naquela noite na cidade de Suzano-SP, mas que não perderia um show nosso em um futuro não muito distante.

Pois é, Rockers são sempre atentos aos "sinais" e esse nos pareceu de fato um bom presságio de que não só teríamos um bom show naquela noite, como todo o nosso esforço para colocar a banda em condições de tocar ao vivo, lograra êxito, só por essa manifestação  incrível, ocorrida a esmo em uma estação do metrô.

E assim fomos felizes para o local do nosso show. Aquele haveria de ser um dia de Rock e os sinais positivos estiveram no ar! 

Continua...

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