Chegamos ao ambiente do Instituto Cultural Bolívia Rock com a confiança bem grande de que estávamos bem preparados e certamente que o fato do show ter a presença de bandas amigas e mais do que isso, com certos componentes a fazer parte de mais de uma banda, nos deu a tranquilidade definitiva sobre estarmos amplamente respaldados.
O fato de haver amizade estabelecida por múltiplas conexões entre os componentes das três bandas, foi a garantia de que o amparo seria automático e assim ocorreu.
Carlinhos Machado, nosso baterista e também d'Os Kurandeiros, era igualmente baterista da banda "Los Interessantes Hombres sin Nombre", portanto, teria uma participação muito além da órbita artística, mas a se revelar verdadeiramente atlética nessa noitada. Eu mesmo, também teria uma jornada não tão intensa quanto à do Carlinhos Machado, todavia, de característica dupla, pois tocaria com o Boca do Céu e com Os Kurandeiros.
Wilton Rentero a se preparar no soundcheck, com a presença da técnica de som da casa, Talita, de costas ao fundo. Boca do Céu no ICBR de São Paulo. 17 de fevereiro de 2024. Click, acervo e cortesia: Moacir Barbosa de Lima ("Moah")
Os guitarristas d'Os Kurandeiros, meus amigos e colegas, Kim Kehl e Phil Rendeiro ajudaram muito os nossos guitarristas, Osvaldo Vicino e Wilton Rentero e assim, o soundcheck foi cumprido com extrema cooperação e camaradagem.
Encerrada essa fase de preparação, a banda de nossos amigos, "Los Interessantes Hombres sin Nombre" fez o seu trabalho de soundcheck e ficou pronta para entrar em cena. A casa já estava pronta para abrir as suas portas ao público e o clima de animação era enorme da parte da nossa "velha nova banda".
Fomos muito bem recebidos também pela proprietária da casa e por todos os funcionários. Catia Cristina, sempre se mostrou como uma fã incondicional d'Os Kurandeiros e do Língua de Trapo, portanto estava esfuziante por receber Os Kurandeiros e o Boca do Céu, sabedora que eu e Laert Sarrumor tivemos o Boca do Céu como banda primordial da carreira de ambos e a registrar ali no palco de seu estabelecimento uma marca histórica, ou seja, a sua grande volta aos palcos, após um longo hiato a conter longos quarenta e seis anos (1978-2024).
O público começou a entrar nas dependências do Instituto Cultural Bolívia Rock e logo o grupo "Los Interessantes Hombres sin Nombre" subiu ao palco.
Na primeira foto, o excelente guitarrista, Marcos Mamuth. Na segunda, o baterista mais requisitado de São Paulo, Carlinhos Machado. Na terceira, o excepcional baixista, Ayrton Mugnaini Junior e na quarta foto, uma panorâmica do grupo "Los Interessantes Hombres sin Nombre" em ação no palco. Boca do Céu no ICBR de São Paulo. 17 de fevereiro de 2024. Click, acervo e cortesia: Moacir Barbosa de Lima ("Moah")
Encerrado o ótimo show do "Los Interessantes Hombres sin Nombre", com as suas canções cheias de identidade Rocker/Bluesy/Soul, nos preparamos para subir ao palco.
Fato inacreditável, desde 1978 não fazíamos isso como unidade de banda de Rock e com essa formação do quarteto original, desde 1977, quando eu (Luiz Domingues), Osvaldo Vicino, Wilton Rentero e Laert Sarrumor estivemos no palco do ginásio de festas do Palmeiras, para participarmos de duas fases de eliminatórias do festival Fico nesse citado ano.
Portanto, quanta emoção por reunirmos a velha tropa de novo em um palco e desta feita com o objetivo de fazer um show de Rock de verdade. Que momento para essa banda, para esses velhinhos Rockers do século XXI e no meu caso em específico, que alegria chegar no final da carreira e da vida com esse resgate cumprido!
Continua...
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