Neste meu segundo Blog, convido amigos para escrever; publico material alternativo de minha autoria, e não publicado em meu Blog 1, além de estar a publicar sob um formato em micro capítulos, o texto de minha autobiografia na música, inclusive com atualizações que não constam no livro oficial. E também anuncio as minhas atividades musicais mais recentes.
domingo, 23 de junho de 2013
Autobiografia na Música - Trabalhos Avulsos (Jam com Jamaica Band) - Capítulo 46 - Por Luiz Domingues
Eu tinha desenvolvido um pouco de técnica à bateria nessa época, pois costumava tocar sob título de brincadeira nos ensaios, ou durante a passagem de som das apresentações do Terra no Asfalto, e sempre apreciei tocar bateria. Para falar friamente, se tivesse a oportunidade em voltar no tempo e mudar o passado, talvez tivesse optado pela bateria, e não pelo baixo, para você, ver, amigo leitor, o quanto eu gosto de tal instrumento.
Então, ele propôs trocar comigo, e passou para o baixo, enquanto eu toquei muitas músicas na bateria. Claro, ao empreender ritmos simples e viradas discretas, pois não arriscaria nenhuma ousadia acima da minha pouca capacidade, principalmente por estar a tocar ao vivo, e com ingressos sendo cobrados, ainda que as pessoas não estivessem nem um pouco interessadas em nosso som totalmente improvisado. Havia cerca de vinte pessoas presentes, mas mesmo assim, quando sentei-me no banco da bateria, e apanhei as baquetas, olhei para as mesas e tive uma estranha sensação. Senti-me deslocado a tocar ao vivo, em público, com um instrumento que eu não dominava direito.
Eu tinha passado por uma experiência semelhante em 1981, quando toquei violão em algumas apresentações do Terra no Asfalto, ao executar uma parte imprescindível da música, "Two of Us", dos Beatles, onde os guitarristas, Wilson Canalonga Junior e Aru Júnior não conseguiriam executar tal detalhe, por ter outros arranjos a cumprir na canção, em suas guitarras. Mas foi bem diferente, pois nesse caso eu ensaiei bastante, e violão, pelo menos tratava-se de um instrumento mais familiar, por ser de cordas. Mas daí a tocar bateria, havia uma diferença. Tudo correu bem, apesar do cachet não ter sido uma maravilha e ao final, tive uma surpresa extra.
Cerca de cinquenta argentinos, rapazes e moças, que moravam no em São Paulo, apareceram quando já desmontávamos o equipamento. Então eles esqueceram-se de minha presença e passaram a falar muito rápido entre eles, para quebrar toda a minha ilusão de que o "portunhol" seria um caminho para entender o idioma castellaño...
E um dos amigos deles, tocava baixo. Emprestei o meu instrumento para ele tocar com seus compatriotas, mas ao final, ele estava bastante embriagado e saliente, quis provocar-me acintosamente.
Perguntou-me se eu tocava violão, e eu lhe disse que não, pois o meu desenvolvimento era mínimo nesse instrumento.
Continua...
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário