quarta-feira, 5 de junho de 2013

Criança do Submundo - Por Julio Revoredo

Os olhos engendram asas coloridas

Submundo paricular

E uma criança.

Cega criança num mundo de espelhos aformicos. 
Voa sem asas, através de marés de abstrusos ventos,

Que ziziam por entre sóis afundados, em célere dispersão.

Criança solitária, criança sonhadora

Os olhos atingem o arco-íris 
O mundo ficou branco e preto

O mar virou fogo

O inesperado, o jogo.

Criança descor, criança não mais, apenas submundo.
  
Julio Revoredo é colunista fixo do Blog Luiz Domingues 2. Poeta e letrista de diversas músicas que compusemos em parceria, em três bandas pelas quais eu atuei: A Chave do Sol, Sidharta e Patrulha do Espaço. Neste poema, ele evoca imagens fortes sobre a esperança, ao usar a metáfora da visão infantil.

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