Neste meu segundo Blog, convido amigos para escrever; publico material alternativo de minha autoria, e não publicado em meu Blog 1, além de estar a publicar sob um formato em micro capítulos, o texto de minha autobiografia na música, inclusive com atualizações que não constam no livro oficial. E também anuncio as minhas atividades musicais mais recentes.
quinta-feira, 13 de fevereiro de 2014
Autobiografia na Música - A Chave do Sol - Capítulo 72 - Por Luiz Domingues
Enquanto o Rubens tratava por afinar a sua guitarra Fender Stratocaster, o apresentador Tadeu Jungle entreteve o público, que à esta altura, já estava muito simpático com A Chave do Sol, após quebrarmos o gelo. E mais que isso, havíamos arrancado muitos aplausos e gritos com a execução das duas músicas anteriores, "Utopia" e "Crisis (Maya)". Assim que o pessoal da TV autorizou, o Tadeu Jungle anunciou mais uma música nossa.
Eu iniciei o riff de "18 Horas", que começa com o baixo, como todo mundo que conhece essa música, bem sabe. Como está claro no vídeo, eu estava sorridente e tranquilo, pois sentia o público bem favorável e estava confiante, por que a banda estava bem ensaiada e não só eu, mas os dois outros membros do nosso trio, estavam super seguros, também.
À medida que avançávamos na música, eu olhava para a plateia, e via nos semblantes a euforia a tomar conta das pessoas. O que fora uma recepção boa, pôs-se a aumentar a sua graduação rapidamente e sendo assim, já na metade da música, pessoas dançavam, batiam palmas etc. Inclusive no vídeo, tem vários flagrantes nesse sentido, bem explorados pela edição da TV Cultura.
Então, chegou o momento do meu solo. Usei o máximo das possibilidades da câmera móvel que acompanhava-me, de muito perto. O cinegrafista empolgou-se com a minha movimentação frenética, e eu entrei na dele também, ao perceber que ele fazia movimentos não ortodoxos, a visar enquadramentos nada usuais. Encontrei-me com o meu pai alguns dias depois da exibição na TV, e ele, por não querendo demonstrar algum sinal de cooperação, pois não aprovava a minha insistência em ser músico / artista, mas nitidamente orgulhoso, limitou-se a dizer-me que eu deveria fazer menos "caretas" na TV, enquanto tocava. Bem, realmente ao analisar o vídeo, acho que exagerei um pouco, mas... eu tinha vinte e três anos de idade, vinha de uma luta forjada por sete anos para chegar finalmente em um momento especial desse nível, e ao sentir a banda a explodir, e com o público a responder, empolguei-me, naturalmente...
Continua...
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