Neste meu segundo Blog, convido amigos para escrever; publico material alternativo de minha autoria, e não publicado em meu Blog 1, além de estar a publicar sob um formato em micro capítulos, o texto de minha autobiografia na música, inclusive com atualizações que não constam no livro oficial. E também anuncio as minhas atividades musicais mais recentes.
quarta-feira, 19 de fevereiro de 2014
Autobiografia na Música - Sidharta - Capítulo 5 - Por Luiz Domingues
Pensei no Deca, por conhecê-lo como guitarrista e pessoa, visto que trabalhamos cinco anos juntos no Pitbulls on Crack, e ele também mostrara-se cansado com a falta de maiores perspectivas para a banda, visto que esta alcançara uma grande exposição na mídia, mas simplesmente não alavancava-se para um sucesso maior. Em nossas conversas, ele, além de demonstrar essa certa frustração com o rumo do Pitbulls on Crack, dizia ter vontade de montar uma banda com características setentistas explícitas.
Daí, considerei uma escolha natural ter a sua presença na nova banda, ao encorpar o som e trazer por conseguinte, mais experiência para contrabalançar com a extrema juventude do Rodrigo. Feito isso, e após ter desligado-me do Pitbulls, começamos a reunirmo-nos para mostrarmos riffs, e começarmos a compor o material da nova banda. Iniciamos a pensar em nomes para a bateria. Eu estava obcecado pela ideia em formar uma banda radicalmente retrô, ao buscar a sonoridade e a estética dos anos 1960 & 1970, sem subterfúgios, e sabia que não poderia errar na escolha dos membros. Tinha que ser uma pessoa que coadunasse-se com esses princípios.
José Luiz Rappoli, quando trabalhou em uma loja de instrumentos, ao mostrar uma guitarra, mas não engane-se o leitor, pois ele é baterista de ofício.
Fizemos uma lista, e o primeiro nome que surgiu, foi o de José Luiz Rapolli, baterista que tocou comigo no grupo : "A Chave / The Key", ao ter gravado o álbum chamado, "A New Revolution", produzido em 1989, e lançado apenas em 1990. Cáspite ! Por quê eu não pensei no outro José Luiz, o Dinola, que tocou cinco anos n'A Chave do Sol, se era mais técnico, e muito mais amigo ?
Exatamente pela razão que expus acima, ou seja, por conhecer muito bem o Dinola, e saber que nesse projeto, ele não encaixar-se-ia direito, pois não tinha nem de longe essa ligação forte; seminal e "umbilical", eu diria, com essas estéticas professadas em tais décadas as quais eu queria que o novo trabalho inspirasse-se a fim de promover um verdadeiro "religare". Então, ao expor esses fatos ao Rodrigo e ao Deca, expliquei os meus motivos e eles entenderam essa escolha. E claro, fiquei com a incumbência para procurar o Rapolli, e fazer-lhe o convite. Sabia que ele estava com dois empregos, a trabalhar em uma loja de instrumentos, na famosa Rua Teodoro Sampaio, de São Paulo e a tocar pela noite.
Continua...
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