Neste meu segundo Blog, convido amigos para escrever; publico material alternativo de minha autoria, e não publicado em meu Blog 1, além de estar a publicar sob um formato em micro capítulos, o texto de minha autobiografia na música, inclusive com atualizações que não constam no livro oficial. E também anuncio as minhas atividades musicais mais recentes.
quinta-feira, 13 de fevereiro de 2014
Autobiografia na Música - A Chave do Sol - Capítulo 73 - Por Luiz Domingues
Realmente, impressionar as mil e quinhentas pessoas ali presentes no teatro do Sesc Pompeia, teria sido muito importante, mas levávamos em conta que havia a cúpula da TV Cultura, com todos os produtores da Fábrica do Som ali envolvidos, também. Isso sem contar jornalistas de outros órgãos; olheiros de gravadoras; pessoas envolvidas com produção musical etc. E milhares de telespectadores, é claro. Como falei no capítulo anterior, enquanto tocava, pensava o quanto seria importante causarmos uma boa impressão aos telespectadores. Claro, não era a Rede Globo, mas mesmo nos padrões modestos da audiência da TV Cultura, seriam milhares de pessoas a assistir-nos.
Após o solo do Zé Luiz, veio a parte mais densa da música, onde o Rubens soltava o seu ímpeto "Hendrixeano", com um solo pesado, e da pesada. Embora não fosse do seu feitio movimentar-se, pois costumava tocar de uma forma estática, ele tinha como um truque cênico secreto, os seus trunfos.
Quando tirou a guitarra da postura normal, e solou com os dentes, e com o corpo dela às suas costas, enlouqueceu de vez o público. Vi pessoas a pular, como se estivessem em uma arquibancada de estádio, a comemorar um gol. Foi uma explosão incrível sob euforia, que extrapolara a mais otimista previsão que poderíamos ter feito.
Esperávamos fazer uma boa figura, mas essa euforia espontânea, surpreendeu-nos inteiramente, e basta olhar o vídeo para ver que nós três estávamos boquiabertos com essa reação coletiva. Em um dado momento dessa explosão, dá para ver no vídeo um rapaz a levantar-se, com um gravador portátil na mão. Era um radialista da Rádio Cultura AM, que ao testemunhar aquela reação, levantou-se rapidamente para chegar primeiro ao camarim, e entrevistar-nos.
Quando a música encerrou-se, grande parte do público levantou-se para aplaudir-nos, e um coro espontâneo pediu por um "bis". Não seria possível tocar mais uma, e mesmo ao ver essa reação espetacular do público, a produção do programa apressou-se para sairmos, pois outra banda esperava para apresentar-se. Chegamos ao camarim a suar em píncaros, mas eufóricos. Então, esbaforidos e suados, concedemos uma ligeira entrevista à Rádio Cultura AM.
Continua...
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