segunda-feira, 18 de novembro de 2013

Autobiografia na Música - Língua de Trapo - Capítulo 138 - Por Luiz Domingues

Guca Domênico
Guca Domênico fora um jovem estudante de jornalismo quando o conheci, com muito idealismo, fervor pela política, e também a apresentar um talento nato para a música. Compositor; violonista; cantor e letrista com mão cheia, é autor de muitas músicas de sucesso da banda, fora as ideias para piadas; gags & sketchs, que sempre enriqueceram os shows do Língua de Trapo. Guca sempre foi um rapaz com alto astral, e sua presença era agradável em shows; ensaios; reuniões etc. No início, foi um membro oficial e subia ao palco, cantava e tocava o seu violão. Mas chegou em um ponto, onde tornou-se um membro honorário, sempre próximo e a alimentar a banda com o seu material de criação, mas a participar dos shows apenas sazonalmente, como convidado especial. 

O Guca possui uma carreira solo com discos e composições gravadas por outros artistas, além de muitos livros publicados e destacada atuação como professor, também. Vejo o Guca muito pouco atualmente. A última vez que conversamos com calma, foi no camarim do Sesc Pompeia, em São Paulo, em 2005, no show de comemoração aos 25 anos da banda (que foram 26 na verdade...).

Carlos Mello (Castelo)

Carlos Mello (Castelo), é outro genial compositor que muito contribuiu para o sucesso da banda. Na mesma dinâmica em que o Guca atuara, o Carlos Mello subia ao palco para performances e intervenções musicais simples, ao fazer backing vocals, no início dos tempos da banda. Sua imitação de Paulo Maluf, na música "Teologia do Sambão", foi hilariante e levara o público ao delírio. Na minha segunda fase a participar da banda, ele já havia adotado a postura em ser membro honorário e somente a participar do seu núcleo de criação, mas sempre a oferecer ideias incríveis. Foi através dele que o tecladista, Celso Mojola, entrou na banda, mas na segunda fase em que participei, o Mojola já havia sido substituído pelo João Lucas.

Carlos Mello prosseguiu firme no jornalismo, e assim trabalhou muitos anos no jornal : "O Estado de São Paulo", onde li muitas matérias de sua autoria. Tremendo colega, sempre foi muito camarada para comigo. Carlos foi o único membro que citou-me no documentário sobre a história do Língua de Trapo (não estou a puxar a orelha de ninguém, não melindrem-se os demais componentes do Língua de Trapo, mas é apenas uma constatação). Também não falo com ele desde, 2005, na mesma ocasião em que conversei com o Guca Domênico.

Paulo Elias Zaidan


O Paulo Elias Zaidan fora um colega da faculdade, que acompanhou todo o começo da banda, mas não atuara em demasia nos primeiros momentos. Quando eu voltei à banda, ele estava super bem como ator oficial na banda, com a sua participação sendo vital para o desenvolvimento do show. Um dos amigos mais alto astral que conheci, foi um aglutinador por natureza. Onde ele estava, não havia lugar para o mau humor, pois sempre descontraia -nos com as suas brincadeiras.
Luiz Domingues e Paulo Elias na escadaria da saída de emergência do Teatro em Lira Paulistana em 31 de julho de 1984. Click; acervo e cortesia de Julio Revoredo

Continua...
 

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