quarta-feira, 20 de novembro de 2013

Autobiografia na Música - Terra no Asfalto - Capítulo 43 - Por Luiz Domingues


Confesso que era um sonho que eu cultivara, tocar naquele lugar, pois entre 1975 e 1976, eu passava na sua porta quase diariamente, por ser próximo, relativamente, da escola onde eu estudava, e delirava ao ver os cartazes a anunciar as atrações da semana ! Som Nosso de Cada Dia; Joelho de Porco; Veludo; Alceu Valença; Sindicato; Made in Brazil, e tantos outros que ali apresentaram-se.
Não vou esticar muito a descrição sobre como estava o agora, Café Teatro Deixa Falar, nesse momento de 1981, pois já fiz tal descrição com bastante detalhamento nos capítulos iniciais d'A Chave do Sol, pois o berço dessa banda foi essa casa, e graças à sua proprietária, Dona Sabine, virtual sogra do guitarrista, Rubens Gióia. Por ora, digo que fizemos esse teste para um público de a contar exatamente com apenas sete pessoas. 


Fora um domingo, é bem verdade. Mas o fato é que, muito diferente das glórias do passado do Be Bop A Lula, o Deixa Falar não passava de um arremedo, nesse outro momento de sua existência. A despeito da decoração muito louca (leia nos capítulos d'A Chave do Sol), não detinha um público habitue; o aspecto era decadente, pouco asseado e os serviços a envolver comidas & bebidas deixavam a desejar. O palco ainda era bom, pois mantinha a estrutura de teatro, e havia ainda vários spots de iluminação a funcionar, no entanto, a casa não tinha mais um P.A. Portanto, cada banda tinha que levar absolutamente tudo. Tínhamos sorte por possuirmos um equipamento, mas transportar e montar tudo para tocar para apenas sete pessoas...

Continua... 

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