Claro, ficou estabelecido que o Chico daria uma ajuda de custo para auxiliar nas despesas, visto que faria refeições, fora as demais despesas naturais de uma residência. Mesmo assim, sairia muitíssimo mais barato do que hospedá-lo em uma pensão tradicional. Além do fato de que estaria alojado em um lar, muito diferente de ficar em qualquer pensão , entre estranhos e sem dúvida, com o Julio Revoredo, ele estaria acompanhado de um grande amigo, incentivador e colaborador/parceiro da banda.
O dia em que o Rubens foi buscar Chico Dias na rodoviária Tietê: habemus vocalista! Foto de Julio Revoredo
Então, poucos dias depois, assim que chegou do Rio Grande do Sul, o Rubens o levou à residência do Julio. Esse dia "histórico" para A Chave do Sol, foi registrado em fotos, pelo próprio, Julio, que sempre teve o hobby em fotografar. Fora um passo e tanto para o jovem, Chico Dias. Ele estava com o semblante assustado em seu primeiro dia, e a sua adaptação não foi nada fácil. Demos um dia de folga para ele recuperar-se da longa viagem e no dia seguinte, teríamos o primeiro ensaio e o início de um esforço para colocá-lo em condições de apresentar-se ao vivo, visto que tínhamos datas fechadas em vista.
E havia uma preocupação extra: com a mudança de formação de trio para quarteto, o repertório sofreria mudanças. Precisávamos de mais músicas vocalizadas, a fim de diminuir a quantidade de temas instrumentais, que tínhamos em profusão, oriundos da primeira fase da banda. Além disso, seria a oportunidade para criar mais canções pesadas, dentro daquela proposta de adequar mais o som à realidade dos anos oitenta. Enfim, foi um tempo de muito trabalho para correr contra o relógio e deixar A Chave do Sol em condições de brigar por um espaço no mainstream do BR-Rock 80's.
Chico Dias a posar em um daqueles muros que picháramos em 1983... Foto de Julio Revoredo
Continua...
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