O simples, para cada um de nós, pode
ter muitas versões.
Somos múltiplos, únicos,
singulares...
Essa difícil arte da simplicidade,
convivendo, muito nos ensina.
Fundamental para alguns, supérflua
para outros.
Fácil para um, desafiador para o do
lado...
E, assim, vamos acontecendo num fluxo
de vida, que, em sua magistral exuberância e criatividade, propõe sua marcha de inaugurar, desenvolver, quebrar e
restaurar processos que nos revelam !
Essa experiência do simplificar passa,
inevitavelmente, pelo desapego !
Como, aí, não reconhecer o
desnecessário ?
Ao contrário, reconhecer o
essencial exige autoconhecimento !
Em quais bases fundamentam-se
nossas necessidades e de quais prisões, verdadeiros
cárceres, temos que, corajosamente, nos desalojar, enfrentando
referências falidas, que, nesse alongamento da
alma, tolhem o movimento, respiração...
Quanto fôlego e alento fazem-se
imprescindíveis agora para abrir mão e diafragma e, ousadamente, voltar a
respirar sentindo de novo e mais uma e
outra vez, inspiração virgem,
desconhecida, que mesmo sendo nova e ameaçadora, sempre, implícita no próprio
convite, algo remoto, anterior,
‘simples’ em meio a qualquer novidade
apresenta-se !
A
fragilidade possibilita o espanto, insight, trazendo oxigênio capaz de
refrescar, com seus borbulhos, apaziguando, espelhando, descortinando...
Diante do maior problema,
ante toda ameaça, numa revelação, no meio da
tormenta ou bonança, algo em nós surpreende-se
percebendo a singeleza em sua mais pura manifestação.
O complexo, difícil rende-se e assusta-se
diante do natural, espontâneo...
E quanta maestria é exigida
para simplificar !
Tornar simples, didático,
fácil é trabalho do tempo e envolve
coragem, aquela capacidade de
acreditar no que vai dentro, na bagagem e patrimônio que
só o herói de si mesmo, que, abdicando do não
essencial, despido, nu pode experimentar !!!
Mãos à obra !
Telma Jábali Barretto é colunista fixa do Blog Luiz Domingues 2.
Sua formação acadêmica é de engenharia civil, mas também é uma experiente astróloga; consultora para harmonização de ambientes, e instrutora de Suddha Raja Yoga.
Nesta crônica, nos falou com propriedade sobre como a simplicidade é na verdade uma conquista que exige trabalho complexo, difícil e demanda tempo...
Maravilhoso texto que nos diz o que é natural,"reconhecer o essencial exige autoconhecimento "! A vida é fácil de ser vivida, o ser humano é que complica, acha que para ter sentido deve lutar, se lastimar e ir contra a corrente do rio. As vezes consegue chegar do outro lado, as vezes morre na praia, seria tão mais fácil deixar-se conduzir sem contendas, apenas seguindo o fluxo da vida, afinal a felicidade mora lá no nosso interior..
ResponderExcluirParabéns Telma, mais uma vez despertando um ensinamento que está adormecido dentro de nós!
Sim...a felicidade mora aqui, em nosso interior, mas mesmo racionalmente aceitando e verbalizando, enxergando como verdade...ainda, o viver isso nos desafia.
ResponderExcluirSempre grata por seus comentários, acréscimos! Abraço ai.
Bom. Gostei bastante. E super apropriado para o momento - início de um novo ano, de um novo ciclo. Vou pensar em como praticar a simplicidade, o desapego, já em janeiro, De repente, posso conseguir jogar um monte de lixo material, mental e emocional fora. E poderei respirar com o diafragma mais leve. Adorei quando citou isso!
ResponderExcluirE não é mesmo Thaís? Não tem momentos que, num suspiro profundo, enchemos o pulmão, diafragma e...vamos lá! Coragem...para soltar e lançar-se!
ResponderExcluirFeliz ano novo para vc, com mais ar!
Abraço e gratidão por seu comentário.