Tentei voltar ao foco da música, mas aquilo chateou-me por vários motivos. Primeiro pelo óbvio, que foi ser agredido gratuitamente. Em segundo lugar, por desconcentrar-me em um momento crucial para a banda no show, e por surpreender-me no momento onde eu divagava mentalmente enquanto tocava, sobre o motivo da nossa performance não ter comovido a plateia, mesmo com a música que executávamos a encontrar-se no topo da parada de uma emissora de rádio que detinha picos de audiência de um milhão de pessoas... isso sem contar o também maciço apoio da MTV, ao veicular o respectivo vídeoclip da referida canção...
Pois ainda tocamos mais duas músicas, e saímos do palco com a missão cumprida, porém em termos.
No camarim, só eu estive com essa percepção de que havíamos perdido uma oportunidade para deslanchar, pois os outros três, mostravam-se contentes com a performance. Aquilo deixou-me confuso à época, pois cheguei a raciocinar que talvez eu estivesse a ser excessivamente exigente para conosco. Mas com o passar do tempo e o devido distanciamento histórico observado, hoje eu tenho a certeza de que esse show foi decisivo para mostrar que o Pitbulls on Crack, apesar das enormes chances que estava a amgariar, jamais alcançaria o mainstream.
Mas a vida seguiu, e outras chances grandes o Pitbulls on Crack ainda teria...
A seguir, falarei sobre o patrocínio em termos de merchandising que foi-nos oferecido, e como só eu tive o propósito em colaborar com o patrocinador, inclusive a sacrificar-me pessoalmente em alguns shows para honrar o compromisso firmado. E não passou muito tempo, eu encontrei o agressor do Ginásio do Ibirapuera e sob uma situação bizarra, no entanto, ele não matou-me, como havia prometido...
Todas as fotos desse show do Ibirapuera, são clicks de Marcelo Rossi
Continua...
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