Foto: Rogério Utrila
Fizemos dois shows no formato acústico, mesmo que tal conceito fosse meramente vago, pois na prática, somente o Kim deixava a sua guitarra em casa e fazia uso de um violão amplificado. Tratara-se de uma experiência que a casa queria fazer, ao promover shows com sonoridade mais comedida aos domingos e sob um horário típico de matinê, para tentar atrair um público diferente que poderia divertir-se, mas sem a consciência pesada de chegar tarde em casa e ter que acordar cedo na segunda-feira.
E assim foi no dia 6 de dezembro de 2015, com um público razoável, e mediante o nosso som bem comedido na base do "acústico" que já havíamos nos habituado a executarmos em tantas outras casas, com o repertório a transitar entre o Blues ameno e muitas baladas com aspecto Pop ao sabor das décadas de 1960 & 1970.
Foto: Rogério Utrila
Foram as últimas apresentações de 2015 para Os Kurandeiros, embora ainda tivéssemos compromisso com a Magnólia Blues Band, a nossa dupla identidade.
O ano de 2015 fora bom para Os Kurandeiros, embora que no âmbito particular, não tenha sido nada fácil para mim em particular.
Enfrentei doença, internação e cirurgias, fora uma lenta recuperação e ao final de 2015, infelizmente eu tive a constatação de que um efeito colateral das cirurgias que enfrentara, surgira e segundo o médico que consultei, uma terceira cirurgia se tornara inevitável. Mais branda, por se tratar de uma disfunção muscular, e com recuperação mais rápida, mas o fato foi que eu teria que passar pela mesa cirúrgica, inevitavelmente, e pela terceira vez.
Foto: Leandro Almeida
Enfim, fora esse aspecto de minha saúde pessoal, eu não pude me queixar, pois mantive-me vivo e eu corri um risco grande de ter perdido a vida, enfim pude retomar os meus trabalhos musicais, literários e prosseguir a escrever a minha autobiografia, que neste instante de fevereiro de 2016, quando escrevo este trecho, está na reta final de sua conclusão.
E acredite, a perspectiva de deixar este relato inacabado, muito me angustiou nos dias em que flertei com a morte, nos primeiros meses de 2015.
Quando o ano de 2016 chegou, nós já tínhamos definido que o projeto no Templo Club iniciar-se-ia ao final de janeiro de 2016, e que neste caso, fora batizado como: "Sunday Blues". Eu sugeri que fosse: "Sunday Rock & Blues" para conferir uma amplitude maior no mote, mas fui voto vencido e ficou definido pela sugestão inicial.
Antes porém de mergulharmos nessa nova perspectiva, ainda fizemos mais um ótimo show no Santa Sede Rock Bar. Tirante já termos iniciado o ano novo com a nossa identidade paralela, como "Magnólia Blues Band", esse foi em tese, o primeiro show do ano de 2016 para Os Kurandeiros.
Fotos: Jani Santana Morales
Noite de 15 de janeiro de 2016, com um ótimo público presente na casa e sob a eletricidade total, que sempre me agrada muito mais, causou euforia e foi muito positivo.
Foto: Jani Santana Morales
Foto: Lara Pap
Ciro Pessoa apareceu e fez uma participação efusiva, que arrancou muitos aplausos. Os Kurandeiros usaram a sua terceira identidade por quinze minutos, e ali o "Nudes" atuou com desenvoltura. Mais três shows ocorreriam ainda janeiro de 2016...
Foto: Lara Pap
Continua...
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