sábado, 1 de dezembro de 2012

Autobiografia na Música - Boca do Céu - Capítulo 30 - Por Luiz Domingues

Quanto ao festival Femoc, o nosso baterista, Fran Sérpico ficou até o final e soube do resultado. Lembro-me que havia também vários colegas do colégio para avisar-me, à disposição, igualmente.
A nossa reação pelo resultado obtido ? Claro que ficamos eufóricos. Classificamos as duas músicas, e isso foi o máximo para nós, a despeito da concorrência ser tão ruim ou pior, com exceção da banda do guitarrista, "Cri", que tocava melhor que todos, mas que culminou em não sobrepujar ninguém, também a denotar que o critério do corpo de jurados fora baseado em qualquer fator, menos conhecimento musical...  

Sobre o fato do Fran Sérpico não ter ido conosco ao show do Joe Cocker, ele realmente não saía muito conosco. Não que não quisesse, mas por ainda ter pouca idade (se eu tinha acabado de completar dezessete, ele devia ter cerca de quinze, para dezesseis anos de idade), ainda vivia sob a mão pesada dos pais. Então, foram poucas as ocasiões em que foi em shows comigo; Laert, e Wilton. E o Osvaldo também não saía muito.
Às dezesseis horas do domingo, estávamos agrupados e prontos para o soundcheck no colégio. A adrenalina estava a mil por hora. Nossa classificação para a etapa final e a excitação por termos assistido o show do Joe Cocker, na noite anterior, somadas, deixaram-nos eufóricos. Euforia perigosa, por sinal, pois éramos inexperientes e ruins tecnicamente, portanto essa falta de foco poderia atrapalhar-nos e muito.

Continua...

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