terça-feira, 17 de junho de 2014

Autobiografia na Música - Pedra - Capítulo 11 - Por Luiz Domingues

Como costumamos dizer, se a banda toca sem muito empenho, o baterista prejudica-se, pois grava com uma interpretação frouxa, sem vida, e aí, sob um efeito dominó, todos os outros instrumentos baseiam-se nessa pegada sem alma, e a gravação coloca-se como irremediavelmente arruinada. Não querer participar da gravação guia de sua banda é algo muito estranho, e que despertou a nossa atenção, ao acender uma luz amarela em nossa percepção. O Tadeu deu mostras de não estar mais entusiasmado em fazer parte dessa banda, mas seguimos em frente, sem deixarmo-nos abalar por isso. Gravada a bateria, chegou a minha vez. Senti um imenso prazer em gravar aquelas músicas, pois estava encaixado no espírito da sonoridade do Pedra. 

O contato com várias vertentes do Rock era costumeiro na minha rotina de tantos trabalhos anteriores, mas foi no Pedra onde mais pude aproximar-me da Black Music, que é uma escola que adoro, mas nunca havia tido a oportunidade para tocar, propriamente a falar. Músicas como "Vai Escutando; "Me Chama na Hora"; "Sou Mais Feliz", e "O Dito Popular", transitavam entre o Soul, R'n'B e Funk, portanto, o meu lado Motown / Stax, regozijou-se.

Foto de Grace Lagôa a registrar o momento em que gravei minha participação no disco 

Usei bastante os meus baixos Fender, tanto o Jazz Bass, quanto o Precision, e em ambos, creio ter atingido os melhores timbres da minha carreira, graças ao trabalho do Renato Carneiro como técnico, e produtor de estúdio, além do apoio do Xando. De fato, esses trabalhos, no quesito baixo, foram muito elogiados posteriormente, e muito orgulha-me em saber disso. 






Continua... 

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