Do alto do noturno elevado, debaixo, vejo um escarumba, que
corre, ustado.
A imagem, transfere-se, como sombra que se estende, o homem
ustido, ustia na cabeça, cabeça que se pensa, ameaça, acende.
Do
alto, proporções anulam-se, tudo e miserável e intransferível.
O homem uste
na cabeça, a cabeça que muito pensava, porque pensava, agora, esfumaça.
O
vento que dissipa, não dissipa, configura o que foi pensante, o que foi
humano,ameaçador.
Na sociedade, o que prevalece é o medíocre, o que não
pensa.
Agora estou embaixo do elevado soturno, aquele homem debaixo, não
mais debaixo, aquele homem sumiu, subiu, aquele homem não mais, aquele
homem, compreende.
Julio Revoredo é colunista fixo do Blog Luiz Domingues 2. Poeta e letrista de diversas músicas que compusemos em parceria, em três bandas pelas quais eu atuei: A Chave do Sol, Sidharta e Patrulha do Espaço.
Aqui ele nos traz um poema forte, cujo mote é uma crítica explícita à mediocridade que prevalece na sociedade.
Neste meu segundo Blog, convido amigos para escrever; publico material alternativo de minha autoria, e não publicado em meu Blog 1, além de estar a publicar sob um formato em micro capítulos, o texto de minha autobiografia na música, inclusive com atualizações que não constam no livro oficial. E também anuncio as minhas atividades musicais mais recentes.
Nenhum comentário:
Postar um comentário