Neste meu segundo Blog, convido amigos para escrever; publico material alternativo de minha autoria, e não publicado em meu Blog 1, além de estar a publicar sob um formato em micro capítulos, o texto de minha autobiografia na música, inclusive com atualizações que não constam no livro oficial. E também anuncio as minhas atividades musicais mais recentes.
sábado, 7 de março de 2015
Autobiografia na Música - Sala de Aulas - Capítulo 33 - Por Luiz Domingues
Não demorou nada para que um membro da numerosa família que residia ao lado esquerdo da minha casa, abordasse-me. Ao verificar a movimentação de cabeludos em minha residência, e o ruído advindo de um instrumento amplificado (ainda que sob um volume baixíssimo, pois eu detesto volume alto, e nunca permiti o abuso do amplificador em minhas aulas), um dos filhos dessa família, um sujeito que era bem expansivo, abordou-me a provocar conversa sobre música, e ao afirmar-se um apreciador de Rock.
Mas na verdade, o sujeito gostava mesmo das duplas sertanejas, e usava um corte de cabelo ao estilo, "Mullet", bem típico do visual daqueles artistas, no início da década de noventa. Em outra ocorrência com tal vizinho expansivo, e que aconteceria em 1992, foi sob uma coincidência inacreditável, eu fui tocar com o Pitbulls on Crack em uma casa noturna, e encontrei-me inesperadamente com esse rapaz, que apresentou-se como o "promoter" da casa. Ele nem desconfiava que eu fosse membro da banda que apresentar-se-ia naquela noite e eu, vice-versa, surpreendi-me em vê-lo naquele lugar a exercer uma função em sua equipe de trabalho. Eu comento sobre esse show, em detalhes, no capítulo específico sobre o "Pitbulls On Crack". A casa em questão chamava-se : "Arkhan Club", e o show foi medonho, com apenas quatro "testemunhas" presentes em meio a um salão vazio, e com o som estridente a reverberar de uma forma triste.
De volta a comentar sobre as minhas aulas, do outro lado da rua, morava um artista plástico, bem em frente à minha residência. Ele também abordou-me, ao deduzir que eu teria algo a ver com arte, certamente.
O rapaz era filho da atriz, Ruth Escobar, e infelizmente ele faleceu poucos anos depois. E os seus filhos, que eram crianças nessa época, tornaram-se meus amigos, posteriormente, e também estiveram envolvidos com teatro e música. Em uma outra residência localizada na mesma rua, alguns metros abaixo, vivia um senhor idoso e que houvera sido músico a atuar em orquestras de música popular, durante toda a vida. Ele tocava diversos instrumentos de sopro, e mesmo senil, ainda ministrava aulas. Esse foi o panorama inicial do meu quarteirão, assim que mudei-me, em setembro de 1991.
Continua...
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