domingo, 8 de março de 2015

Autobiografia na Música - Sala de Aulas - Capítulo 34 - Por Luiz Domingues

A dinâmica que eu tinha em relação às aulas, prosseguiu com normalidade, após a minha mudança residencial. A logística mudou um pouco para os alunos, com certa facilidade eu creio, pois a nova casa, apesar de ficar a pouquíssimos quarteirões de onde eu estava instalado naquele apartamento de qual saí, ficava mais estrategicamente perto da estação Vergueiro do Metrô, do que a estação Ana Rosa, onde eu estava anteriormente. Para quem conhece o traçado da linha 1 / azul, do Metrô de São Paulo, sabe que após a estação Ana Rosa, no sentido Tucuruvi, as próximas estações fazem uma curvatura na rota. 

Portanto, a  estação Vergueiro fica localizada quase no cruzamento das Ruas Vergueiro e Castro Alves. A desvantagem foi que ali naquele quarteirão, em termos de numeração, trata-se do início da Rua Castro Alves, e eu morava no último quarteirão, um Km adiante, mas como a maioria esmagadora dos alunos era formada por adolescentes e jovens, sem problemas com tal distância.
Da esquerda para a direita : Wagner Guerra; Marcos Mesquita e eu, Luiz Domingues. Enigmática a razão pela qual eu ostentava a capa do caderno "Ilustrada" do jornal Folha de São Paulo, pois nesta altura em que posto este capítulo (2015), e traído pelo mau foco da foto, não dá para reconhecer o teor da matéria em si. O que seria de tão interessante para mostrar, em pleno final de 1991 ?


O conforto, de fato, mostrou-se muito maior para todos os envolvidos com essa minha atividade. Para os alunos, tanto a aula em si, quanto a sala de espera (que tornar-se-ia um verdadeiro "QG" ; a minha família que resguardou-se dessa movimentação e passou a viver tranquilamente, sem nenhuma ocorrência invasiva ; e para eu próprio, que doravante, tive muito mais tranquilidade para trabalhar. Do meio de setembro, até o final do ano, nenhuma ocorrência extraordinária salta de minha memória para eu acrescentar aqui. Talvez a maior menção ao período tenha sido a visita do pessoal da banda, "Aura" (cujo baixista, Marcelo Dias, for a meu aluno na safra de 1978 / 1988), às vésperas do ano novo, e que estavam eufóricos com o recém fechamento de contrato com um selo independente que os lançaria em LP no ano de 1992.

Falei bastante sobre o "Aura" no tópico : "Trabalhos Avulsos". E também digno de nota, em dezembro de 1991, eu recebi a visita de um grande amigo, Eduardo Russomano, ex-roadie d'A Chave do Sol nos anos oitenta. Foi a última vez que o vi, pois dali em diante ele mudar-se-ia para a cidade de Santos / SP, e só nessa circunstância, nós apenas trocaríamos algumas cartas e telefonemas, até eu tomar conhecimento, em 1995, de seu falecimento, através de sua namorada. Estava a aproximar-se o ano de 1992, e com ele, a fase mais brilhante de minhas aulas, conforme começarei a relatar a seguir. 



Continua...

Nenhum comentário:

Postar um comentário