Agora sim, em clima de turnê, ou seja, com shows marcados para dias seguidos, eis que fomos visitar a Casa de Cultura do Butantã.
Assim como houvera ocorrido na noite anterior, quando visitamos a Casa de Cultura de Santo Amaro, no caso dessa unidade do Butantã, o endereço mostrara-se extremamente fácil para ser localizado e acima de tudo, para ser acessado.
Bem perto de uma importante Avenida que corta bairros como o próprio Butantã, Caxingui, Jardim Bonfiglioli e Jardim Peri-Peri, ficava (fica) localizado muito próximo de uma estação do metrô e cercado por vários parques bucólicos.
Qual não foi a minha surpresa, quando adentrei o seu estacionamento e verifiquei que tal equipamento cultural estava encravado em uma encosta em forma de bosque a ostentar um visual incrível sob uma sensação silvestre, verdadeiramente aconchegante.
A produtora d'Os Kurandeiros, Lara Pap, estava eufórica, pois residira ali perto em boa parte de sua infância e adolescência e sendo assim, ela contou-nos muitas lembranças suas sobre a sua vida & família em tempos de outrora.
Outra boa constatação, deu-se quando eu adentrei o local e verifiquei que este espaço cultural estava em obras ainda, mas pelo esboço de sua arquitetura, foi possível imaginar que assim que ficasse inteiramente pronto, seria um local espetacular para shows musicais, ballet e até para encenações teatrais, pela estrutura de um palco bem grande, com espaço para a instalação de cenografia, iluminação com qualidade, espaçosos camarins etc.
Bem, domingo a tarde e dia de super rodada final do Campeonato Brasileiro de futebol pela TV, se o campeonato já não estivesse decidido, com o Palmeiras campeão e os demais clubes paulistas sem correrem riscos de rebaixamento, teria sido uma temeridade pela quase certeza de uma ausência massiva de pessoas mais preocupadas em passar o final da tarde em frente a um aparelho de TV, a torcerem alucinadamente.
Uma panorâmica da banda no palco! Kim
Kehl & Os Kurandeiros + Edy Star, na Casa de Cultura do Butantã, em
São Paulo / SP. 2 de dezembro de 2018. Click: Lara Pap
Fizemos um soundcheck eficiente, com o apoio do administrador local, um rapaz simpático chamado, Danilo, que se não era um técnico de som, propriamente dito, ao menos detinha uma noção básica de operação e foi solícito para conosco.
É bem verdade que um grupo de amigos dele, com visual de músicos sob orientação Heavy-Metal, destacou o apoio de um rapaz que supostamente seria um técnico por ofício e o auxiliou. Carrancudos, tais rapazes ignoraram-nos como pessoas, mas eu notei que o tal técnico ou aspirante a, auxiliou o Danilo, e agradeço por isso, certamente.
Nesta altura, o foguetório estava forte nas redondezas e mesmo sendo ali um reduto de torcedores de um clube rival, por estarmos próximos do estádio do Morumbi, fui informado que eram palmeirenses a comemorarem pelas ruas, mesmo com a última partida já não mais sendo vital para a conquista desse clube, que já estava assegurada.
E pelos celulares, a informação corria a dar conta que o presidente recém eleito do Brasil estava no estádio do Palmeiras e ajudara a entregar a taça aos jogadores.
Bem, felicidade verde de minha parte, e para Kim e Carlinhos, igualmente, no entanto, foi chegada a hora do show.
Sequência de fotos individuais, a registrar alguns momentos do show. Foto 1: Kim Kehl. Foto 2: Carlinhos Machado em destaque, com Michel Machado ao fundo, na percussão. Foto 3: Edy Star em ação! Foto 4: Michel Machado em destaque! Foto 5: Luiz Domingues em ação! Kim
Kehl & Os Kurandeiros + Edy Star, na Casa de Cultura do Butantã, em
São Paulo-SP. 2 de dezembro de 2018. Clicks, acervo e cortesia: Marcos Kishi
Certo, o futebol não atrapalhou decisivamente e veio ao local um contingente bom a prestigiar-nos, mas pela amplitude do espaço, poderia ter vindo muito mais pessoas.
Entretanto, sem reclamar, todavia apenas a constatar, tal situação não diferenciou-se do que já estávamos habituados a enfrentarmos em tempos difíceis para o Rock, música em geral, arte & cultura e assim, ante tal realidade, as cerca de cinquenta pessoas ali presentes tiveram o nosso melhor e elas ofertaram-nos em contrapartida a sua animação, certamente. Nesses termos, foi um show bem animado, com interação e até a constar a presença de fãs reais do Edy, animados com a perspectiva de ouvi-lo a cantar as canções de seus discos solo e certamente do álbum dos Kavernistas, além dos clássicos do Raul Seixas, é óbvio.
Continua...
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