quarta-feira, 10 de junho de 2015

Autobiografia na Música - Sidharta - Capítulo 38 - Por Luiz Domingues


Das vinte e três músicas compostas, uma acabou não fechada, e portanto ficou sem título, e arranjo definitivo. Sete ficaram inéditas, e as restantes, formaram o bojo do CD "Chronophagia", da Patrulha do Espaço, lançado em 2000. 

Duas foram regravadas com modificações pelo Pedra ("Estar Feliz Consigo", transformou-se em: "To Indo a Mil", colocada no CD Pedra II, de 2008, e "Abstrato Concreto", que está gravada com arranjo bem diferente da versão do Sidharta, e foi lançada no álbum "Fuzuê", de 2015).

A canção chamada: "Do Começo ao Final", foi gravada pelo Marcelo Schevano para um possível disco solo dele, mas que não foi lançado, pelo menos até agora, junho de 2015, quando publico este trecho final deste capítulo.  

Tenho vontade de resgatar músicas não aproveitadas, como: "O Futuro"; "Sonhos Siderais", e "Fogueira das Vaidades", mas acho que não se encaixam, no repertório dos Kurandeiros, ou Nudes, bandas em que atuo neste instante de 2015, simultaneamente. Vejamos se no futuro, surjam oportunidades para tais resgates. 

Como eu já disse anteriormente, só existe um vídeo amador a registrar um ensaio realizado no estúdio do Paulo Antonio Pagni (P.A.), no segundo semestre de 1998, mas sem data definida. 

Rodrigo e Marcello já me disseram que não possuem nenhuma foto ou vídeo que eu não tenha também, e já publicados para ilustrar os capítulos da minha autobiografia neste meu Blog 2. Talvez algum amigo surja um dia com algo inesperado, fruto de uma visita a um ensaio na época, e cuja ocasião, eu nem me lembre.

De minha parte, pretendo lançar algum material do Sidharta na internet, seja esse vídeo que já citei, sejam promos das músicas, mediante edições a resgatar o áudio de fitas K7 que tenho de diversos ensaios promovidos entre 1998 e 1999. Se tudo der certo, lançarei tais novidades no YouTube, a priorizar as sete músicas inéditas que nunca foram gravadas. 

Para encerrar este relato, agradeço à todas as pessoas que fizeram parte do projeto, direta ou indiretamente. Rodrigo Hid; Marcello Schevano, e José Luiz Dinola, em primeira instância. Como é sabido por todos, Rodrigo e Marcello seguiram comigo, quando o Sidharta fundiu-se à Patrulha do Espaço. 

Em seis anos que ficamos juntos na Patrulha do Espaço, foram cinco álbuns gravados; mais de cento e vinte shows, várias aparições na TV, execuções no rádio, um portfólio volumoso ao extremo, recheado com matérias de jornais & revistas, e muitas histórias que o leitor pode acompanhar no capítulo dessa banda em minha narrativa.

 
Rodrigo Hid a atuar no Pedra, num show de 2006. Click de Grace Lagôa

Após a sua estada na Patrulha do Espaço, Rodrigo Hid seguiu comigo no Pedra (ao gerar mais histórias, e a conter o seu capítulo específico, naturalmente); além de engatar muitos trabalhos como side-man de artistas famosos (Renato e Chico Teixeira entre eles); participações de estúdio, a gravar muitos discos de outros artistas, e a realizar trabalhos solo.

               Marcello Schevano em ação com o Carro Bomba

Marcello Schevano montou o "Carro Bomba", uma banda que angariou um bom público no mundo do Hard-Rock/Heavy-Metal, e tocou também com expoentes do Rock setentista, como Casa das Máquinas e Som Nosso de Cada Dia. Ele prossegue com o Carro Bomba nos dias atuais.

Foto promocional do Violeta de Outono, com Dinola na formação

José Luiz Dinola, seguiu a tocar pela noite, até ingressar no Violeta de Outono, em 2012, e vive uma grande fase com essa excelente banda psicodélica/progressiva, ao gravar discos e excursionar por todo o Brasil.

Deca, e a sua performance sempre ensandecida, com o Baranga

Luciano "Deca" Cardoso (guitarrista dos momentos iniciais do Sidharta, e parceiro de composição da música: "Céu Elétrico"); e  Julio Revoredo, meu velho amigo e parceiro letrista, que mais uma vez abrilhantou um trabalho meu, com seus poemas inspirados, em forma de letras ("Nave Ave"; "O Ritual", "Terra de Mutantes" e "O Futuro").

Deca formou o "Baranga", logo que deixou o Sidharta, e segue firme nessa banda que tem muitos discos e fãs.  

O meu amigo; colunista deste Blog, e colaborador de mais de três décadas, o poeta Julio Revoredo

Julio Revoredo colabora neste meu Blog 2, como colunista fixo, a publicar os seus poemas, sempre brilhantes, desde que coloquei no ar, esta minha segunda plataforma, em abril de 2012.

A atuar na noite, o baterista e gentil persona, Marcos Almada

Marcos Almada, por quase ter feito parte da nossa banda. Marcos seguiu a tocar pela noite, ao atuar em bandas especializadas em tributos. Ultimamente (2015), tocava em um Rainbow Cover, e também em um Scorpions Cover.

O baterista do RPM; vocalista do Neanderthlal, e dono do estúdio mais freak da Vila Mariana, Paulo P.A. Pagni

Os estúdios por onde ensaiamos, a destacar a caverna Hippie do Paulo "P.A". Antonio Pagni, que teve tudo a ver com a egrégora que queríamos resgatar. Saudade desses ensaios perfumados por dúzias de incensos que tanto queimamos por lá. Paulo "P.A" Antonio Pagni, fechou o seu estúdio ainda no início dos anos 2000; vendeu a sua casa na Vila Mariana, zona sul de São Paulo, e foi morar em um sítio, no interior do estado. Voltou ao RPM, e tem feito parte dessa banda, em suas várias idas e vindas, desde então.

Os amigos colaboradores e incentivadores; a minha tropa de Neo-Hippies que lotava os ensaios, ao fazer deles, verdadeiras apresentações ao vivo. 

E aos Deuses do Rock...

Está encerrado este capítulo importante de minha trajetória musical e Rocker. Tenham uma certeza: o Sidharta não tocou ao vivo, tampouco gravou, mas mesmo sendo mais um projeto do que uma banda consumada, de fato, teve e sempre terá, um valor inestimável para a minha trajetória, pois me fez sonhar de novo, fator que havia ficado obscurecido, há anos, por vários motivos expostos ao longo de diversos capítulos que cobrem a minha cronologia, em diversas bandas e circunstâncias pelas quais passei.
 

Obrigado por ter lido, amigo leitor, e aguarde eventuais novidades sobre resgates que tentarei promover sobre esta banda, em qualquer momento, em termos de material produzido por nós. Daqui em diante na cronologia da minha autobiografia, será a vez da Patrulha do Espaço.

Desejo-lhe, paz e amor, bicho... e tenha uma convicção: o sonho nunca acaba.

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