sexta-feira, 12 de junho de 2015

Vaidade - Por Telma Jábali Barretto


Em meio a uma imensa gama de quereres, quase sempre, vivemos.


Não...por favor não interprete mal ou antecipadamente.

Só me refiro aqui a quereres interiores e não aos bens, coisas ou aquilo passível ser comprado.

Queremos ser vistos, admirados e até nos tornarmos melhores seres humanos, ainda que para isso, possamos confundir, mascarar ou mesmo misturar o que vai fora de nós e, aí sim, o que vestimos, onde moramos, com o que ou onde trabalhamos podendo eleger ou transparecer aquilo que valorizamos.
Situações também onde a inteligência é ponto, cabelos invejáveis,

excepcional memória, boa capacidade de uso com o pouco que se sabe, corpo ‘bem’ proporcionado, resiliência, paciência além limites, tenacidade que capacita e conquista...e, quanto mais enumeraríamos !


Fato é que, algo em nós respeitamos, tomamos como carro-forte, propulsor que nos apresenta e/ou com o qual preferimos ser lembrados : diplomacia, cultura, calma, beleza, disciplina e até ascendência/descendência e, como não acrescer, a proximidade com alguém importante, popular e ainda espiritualizado...
Tem como questionar ou deletar uma habilidade em seu pleno uso ?


Penso que não!


E não seria a vaidade resultante de tal exacerbado fato ?


Penso que sim ! 
Se essa habilidade for fruto do trabalho que o tempo lapidou, como apagar, amortecer ou dissolver?




Nesse individualizar, percebendo quem Somos, mais cientes do tesouro interno que nos faz brilhar, começamos a abrir esse porta-joias e, não seria, talvez, a forma que lidamos com essa mesma habilidade conquistada que deva ser redimensionada, reorganizada dentro de nós ?
O apego, posse, vanglória não seria forma de assegurar e manter aquilo que julgamos nos faz respeitados, admirados, quem sabe até amados...?!...criando amarras em torno do que possamos entender ser nosso prêmio, valor, competência ou brilho recentemente acessado ?
Não seria também por aí, que construímos desgaste e desgosto, após certo tempo, numa insistência empacada, além conquista, amedrontados e conscientes que,  diante de qualquer novo início, testados seremos para voltar a luzir ?


Também pensamos que sim!


Então, que sejamos capazes de a cada patamar ou degrau conquistado, transformarmos em alavanca, confiança e húmus para o próximo desafio, respeitando-nos pela trajetória transposta, mas, mantendo-nos eternos alunos no Curso da Vida na conquista de si mesmo !


Carpe diem !!!




Telma Jábali Barretto é colunista fixa do Blog Luiz Domingues 2. Engenheira civil, é também uma experiente astróloga, consultora sobre harmonização de ambientes e instrutora de Suddha Raja Yoga.

Nesta crônica, nos falou sobre a questão da vaidade, mas enxergando contornos surpreendentes.

13 comentários:

  1. Ah... menina bom que gostou! Gratidão! Na mas tê!

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  2. Amei! Mais uma vez, obrigada por compartilhar seus entendimentos!

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    1. Gratidão Elisabete por seu comentário incentivador!
      Respondi logo após, mas, por algum motivo, alheio a nossa vontade, a resposta replicou...várias vezes, retirando até a única que postamos!
      Abraço a vcs e na mas tê!

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  3. Olha o ego! Muito importante. E o engraçado é que alguns acham que só os artistas em geral tenham. Muito pelo contrário, todos nós temos. Na medida certa, necessário, porque tem muito a ver com a autoestima, com a nossa posição solitária diante desse mundo enorme e desconhecido.Mas demais acaba desconstruindo, não se ouvindo ninguém. Ou seja: um arrogante qualquer.

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    1. Como bem disse Elmo..."na medida certa, necessário...".Única forma de contribuirmos de forma genuína com nossos trabalhos e atitudes. E quantas e tantas habilidades, cada um de nós, tem e terá sempre para disponibilizar...só na medida de ter autoestima, satisfação de poder ter algo a oferecer, sem nunca deixar de estar atento as muitas habilidades que somos servidos, por aqueles com quem convivemos!
      Ninguém 'erra' ou 'acerta' como nós...somos únicos!
      Grata pela contribuição!

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  4. Respostas
    1. Grata pela leitura kim. Feliz por ter dividido tais pensamentos!

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