quinta-feira, 18 de junho de 2015

Autobiografia na Música - Patrulha do Espaço - Capítulo 92 - Por Luiz Domingues


Mesmo com todas as adversidades, gravamos todas as bases com relativa tranquilidade. Até músicas complexas, com características centradas na escola do Prog-Rock, como: "Terra de Minerais" e "Sendas Astrais", foram gravadas sem maiores dramas, e ao considerar-se que as bases estavam a ser gravadas ao vivo, mais ainda valorizaram o nosso empenho.

Quando a gravação encerrou-se, na madrugada de segunda para domingo, corremos contra o relógio, pois o dono do estúdio, e os funcionários chegariam para o expediente normal do seu cotidiano, logo cedo. Mas na verdade, já estava a amanhecer e tentávamos aproveitar até o último segundo, ao gravar-se solos nos "overdubs" de guitarra, e teclados. 


Então, o dono do estúdio chegou um pouco mais cedo do que previa-se, e foi hilário ver a sua reação ao deparar-se com uma amplificador colocado em um banheiro externo do estúdio, para aproveitar a acústica, devido aos azulejos, etc. e tal. Fora esse espanto por ver uma maluquice, que jamais aconteceria na gravação de um disco brega com o qual estava acostumado a lidar, havia aquela enorme profusão de posters, e o aroma de "milhões" de incensos que queimamos naqueles quatro dias... 
Foi hilário ver a a estupefação do sujeito, ao deparar-se com aquele circo Rocker montado no seu estabelecimento, como ele jamais sonhou ser possível, um dia...

Então, encerramos a sessão e desmontamos tudo a toque de caixa, antes que os funcionários chegassem. Marcaríamos sessões posteriores para a gravação das vozes, e a mixagem, no entanto, muitos fatores aconteceriam, e nós nunca mixaríamos o disco nesse estúdio, e convenhamos, ainda bem que não...



Continua... 

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