quarta-feira, 25 de dezembro de 2013

Autobiografia na Música - Sala de Aulas - Capítulo 9 - Por Luiz Domingues


É bom que os leitores possam entender um pouco a mentalidade dos primeiros alunos que eu tive, oriundos dessa safra de 1987, até 1991. A maioria, foi assim mesmo : ou adeptos do Metal tradicional, via Iron Maiden, ou Hard-Rock "farofa" oitentista, dessas bandas como Bon Jovi e similares.

E ainda estava a surgir uma terceira via, que era a do metal virtuose, estilo Malmsteen, que tornara-se uma moda naquele final de década, e onde A Chave, infelizmente, pôs-se a seguir nos seus últimos dias. Falaram em preconceito, sim, havia. Mas isso foi a marca dos anos oitenta. A música ficou toda fragmentada em tribos que odiavam-se mutuamente. Havia divisões também entre os derivados do Pós-Punk. Darks não gostavam dos góticos... carecas odiavam punks'77... New Wavers eram desprezados por New-Bossas... e todas essas tribos detestavam os headbangers, que por sua vez odiavam os "Posers" dessa cena Hard-Farofa... e eu tinha bronca de todos, a sentir muita saudade dos anos 1970, quando eu ouvia Led Zeppelin; Gentle Giant e T.Rex, bandas com estilos e a ser seguidos por apreciadores com culturas distintas entre si, mas com a mesma paixão, e acima de tudo, chamava todos eles como : Rock, simples assim... concordava no entanto, quando diziam que o Bon Jovi tinha / tem bons músicos. É verdade. O Richie Sambora é um bom guitarrista, e certamente aprendeu a tocar a ouvir Johnny Winter, e Dickey Betts, entre outros mestres do Southern Rock sessenta / setentista.


Continua...

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