terça-feira, 24 de dezembro de 2013

Autobiografia na Música - Pitbulls on Crack - Capítulo 8 - Por Luiz Domingues

Embalados por essa apresentação para um grande público, tratamos em gravar uma demo-tape, pois nessa altura, os contatos do Juan Pastor fervilhavam nos bastidores da Rádio 89 FM, e aliados aos shows que estávamos a realizar no circuito underground e "indie" da cidade, sugeria-se que oportunidades bateriam na porta, rapidamente.
                    Ao vivo na casa "Cais", em 1992
 

E assim, mais ou menos em junho de 1992, gravamos uma fita Demo, sob espírito muito caseiro, no próprio estúdio em que ensaiávamos, a fazer uso de uma máquina Fostex, com a qual o Chris costumava gravar suas demos caseiras, em seu apartamento.

Gravamos todas as músicas que tínhamos, com exceção das releituras dos Beatles e David Bowie, claro. E daí, escolhemos as cinco melhores para compor o material definitivo. Enquanto isso, sucediam-se shows pelo circuito indie da cidade, e a começar a melhorar o nível, quando oportunidades para tocar em casas de médio porte começaram a surgir.

 

 
Após tocarmos novamente em casas como "Der Tempel"; "Cais"; Armageddon"; "Victoria Pub" (este último não tratava-se de uma espelunca, muito pelo contrário, todavia, estava decadente nos anos noventa), e fomos convidados a tocar no : "Woodstock", uma casa noturna nos Jardins, que tinha uma estrutura semelhante a de um pequeno teatro, com ótimo palco; luz, e camarins bons. Em uma segunda oportunidade, tocamos em setembro de 1992, e posteriormente, realizamos dois shows em outubro, a abrir para a banda Punk-Rock : "Não Religião".

Essa banda foi liderada pelo Tatola, o principal locutor da 89 FM, e obviamente este aproveitava-se das benesses da Rádio. E nós, fomos na cauda desse cometa, pois o Juan Pastor era assessor direto do Tatola, e ele havia afeiçoado-se ao som do Pitbulls on Crack. E por pura coincidência, o Tatola era (é) palmeirense fanático, e eu encontrei-o diversas vezes em estádios, a assistir os jogos do Palmeiras, o que também ajudou a estreitar os nossos laços de amizade. Nesses dois shows no Woodstock, ocorreu um clima muito desagradável entre o Tatola e o dono desse equipamento que também seria o técnico nos shows. Ocorreu que o equipamento de P.A. usado pertencia a um famoso músico do Rock brasileiro dos anos setenta, e na passagem de som, ocorreu um incidente.
Continua...

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