Foto rara do Festival de MPB de Bauru / SP, em 1980, com Laert Sarrumos; Carlos Melo e Guca Domênico a tocar instrumentos de percussão, durante a execução da música : "Tragédia Gramatical"
Ele ficou muito nervoso, pois havia ali pelo menos cinco mil pessoas e naquele clima de festival, com vaias misturadas a aplausos, torcidas organizadas de uma ou outra música etc. E sendo assim, estava muito tenso, pois estávamos acostumados a tocar para plateias de duzentas pessoas, no máximo, até então. Como a música começava sem sua presença no palco, ele tinha uns poucos segundos para concentrar-se. Nos ensaios, não havíamos combinado nenhuma performance extraordinária.
Ele ficou muito nervoso, pois havia ali pelo menos cinco mil pessoas e naquele clima de festival, com vaias misturadas a aplausos, torcidas organizadas de uma ou outra música etc. E sendo assim, estava muito tenso, pois estávamos acostumados a tocar para plateias de duzentas pessoas, no máximo, até então. Como a música começava sem sua presença no palco, ele tinha uns poucos segundos para concentrar-se. Nos ensaios, não havíamos combinado nenhuma performance extraordinária.
O
compositor avantgarde, Arrigo Barnabé, que estava em alta voga naquele
momento entre o final da década de setenta e começo de década de
oitenta
Mas por conta do nervosismo, quando ele entrou em cena, e a aproveitar aquele ritmo todo fracionado da canção, a la Arrigo Barnabé, imprimiu uma exótica coreografia improvisada, cheia de lascividade. Então imagine um mestiço de japonês e italiano, alto e forte, trajado de uma forma tradicional, mas a entrar em cena com uma dança completamente inusitada...
Mas por conta do nervosismo, quando ele entrou em cena, e a aproveitar aquele ritmo todo fracionado da canção, a la Arrigo Barnabé, imprimiu uma exótica coreografia improvisada, cheia de lascividade. Então imagine um mestiço de japonês e italiano, alto e forte, trajado de uma forma tradicional, mas a entrar em cena com uma dança completamente inusitada...
Eu nunca havia visto uma reação espontânea
em uníssono do público, a não ser na explosão de torcidas nos estádios
quando comemoram o gol de seu time.
Pituco Freitas em ação, no Festival de MPB do Sesc Bauru, em 1980. Eu apareço ao fundo, em uma rara foto com meu baixo Giannini, modelo "RK". O baterista, Fernando Marconi, está encoberto, e essa garota não era componente da nossa banda, mas na verdade, tratou-se de uma concorrente que resolveu sob improviso, participar de nossa performance, quando tocamos novamente, após o resultado, para celebrar o prêmio por "aclamação popular", que recebemos do júri
Ele entrou no palco e daquele jeito, a reação de cinco mil pessoas em uníssono ocorreu, sob uma ovação incrível. A música classificou-se para a final e nos bastidores ouvíamos rumores que ela havia recebido o apelido de : "melô do japonês gay"... não tinha nada a ver, claro, e comentários assim mais pareciam despeitados, visto que a maioria dos nossos concorrentes tiveram performances discretíssimas, sem nenhuma distinção especial.
Ele entrou no palco e daquele jeito, a reação de cinco mil pessoas em uníssono ocorreu, sob uma ovação incrível. A música classificou-se para a final e nos bastidores ouvíamos rumores que ela havia recebido o apelido de : "melô do japonês gay"... não tinha nada a ver, claro, e comentários assim mais pareciam despeitados, visto que a maioria dos nossos concorrentes tiveram performances discretíssimas, sem nenhuma distinção especial.
Laert Sarrumor; Carlos Melo (Castelo), e Guca Domenico, a caprichar nos Backing vocals da canção : "Tragédia Gramatical".
Na final, nem ela, "Tragédia Gramatical", nem
"Teologia do Sambão" ganhou prêmios, mas o júri decidiu dar-nos uma
menção honrosa, como melhor performance e aclamação popular. Já a música do Carlos Melo, "A
Vingança do Hipocondríaco", apesar de ser muito engraçada (tratava-se de um samba de
breque, a la Moreira da Silva), pois arrolava nomes enormes de remédios
impronunciáveis, não havia classificado-se para a final.
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