Não deu outra... poucos dias após o show,
"Fran's Birthday II", o Wilton Rentero procurou-nos, e comunicou sua
decisão em sair da banda. Sua justificativa foi a de que seu caminho seria o do
violão clássico, e que havia tomado a decisão de estudar com afinco, dali em
diante.
Ficamos muito chateados, pois ele era o
melhor músico da banda, e sua presença encorpava o nosso som. Mas fazer o quê ?
Não podíamos contra-argumentar, pois não
tínhamos nenhum poder de barganha. Não havia perspectivas melhores do que
festivais colegiais, e shows de pequeno porte. E nossa melhora técnica era
lenta. Então, voltamos a ser um quarteto, e assim resolvemos aproveitar a deixa e dar
um ultimato ao baterista, Fran Sérpico : que ele entrasse em uma escola de música e
começasse e estudar, ou teria que sair da banda, pois estávamos cansados em vê-lo sem evolução visível, a ficar atrás dos demais, e certamente a prejudicar
a evolução da banda. Ele sentiu-se pressionado, certamente e alguns dias depois,
fez a sua escolha, ao deixar a banda e justificar a sua decisão em torno do fato por
estar sem tempo para estudar o instrumento, devido aos estudos formais, e que
realmente estava determinado a entrar em uma faculdade e estudar com afinco. Bem,
situação chata, mas foi melhor para ambos, Fran e banda, certamente, pois a
despeito dele ser muito bom como pessoa, chegáramos em um ponto crucial onde havia a
necessidade de tomar-se resoluções de vida, cada um ali envolvido e não dava
para levar mais a banda como uma atividade secundária / recreativa, doravante. Reduzidos
a um trio, combinamos continuar firmes no propósito, eu; Osvaldo Vicino e Laert
Júlio, futuro “Sarrumor”... o Osvaldo aproveitou para reafirmar que não
gostaria de ter um segundo guitarrista na banda e que desejava ser o "lead guitar",
como nos primórdios. Então, com o Laert determinado a assumir-se
como tecladista, achávamos que estaríamos supridos harmonicamente, portanto, a
nossa decisão naquele momento, de fevereiro de 1978, foi a de encontrar um novo
baterista, e tocar a vida para frente.
Começamos a procurar então, e ao mesmo
tempo, mantínhamos ensaios improvisados entre os três, e atentos às
oportunidades para inscrever a banda em festivais. E assim foi nos meses de
março; abril, e maio de 1978. Uma luz no final do túnel, só apareceu em junho. Continua...
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