sábado, 12 de novembro de 2022

Autobiografia na Música - Sidharta - Capítulo 39 - Por Luiz Domingues

Dentro da construção da minha autobiografia nada me surpreende em termos de haver novidades a respeito de qualquer uma das minhas ex-bandas, ao ter em mente que eu tive várias desde 1976, quando eu iniciei a minha carreira. 

Reforça essa perspectiva o fato de que todas, em maior ou menor proporção entre uma e outra, são constantemente reverenciadas pelos seus respectivos fãs, principalmente através das redes sociais da internet, com publicações, homenagens, citações e muito material feito por eles mesmos, os admiradores de tais trabalhos, em termos de vídeos, painéis, artes gráficas e outras manifestações a lembrar e homenagear tais bandas.

E mais um ponto positivo, o fato de sempre haver execuções radiofônicas de músicas dessas bandas todas, programas especiais de TV ou internet e publicações em Blogs, sites e até revistas e jornais impressos (neste último caso, ao menos pelos poucos veículos a usar tal recurso tradicional que ainda existiam no panorama midiático de 2022).

Convites para entrevistas, comigo mesmo, Luiz Domingues, a repercutir tais carreiras de cada grupo citado em separado ou com colegas que também foram componentes de tais bandas, ocorriam (ocorrem) o tempo todo, portanto, sempre me senti muito gratificado e honrado com tais oportunidades para falar sobre as minhas bandas do passado, constantemente.

Mais um dado a ser realçado: a minha autobiografia veio a registrar novos capítulos recentes sobre bandas pelas quais eu atuei, pelo bom fato das muitas novidades geradas. Bandas como a Patrulha do Espaço, A Chave do Sol, Pedra e Pitbulls on Crack lançaram discos póstumos ou protagonizaram shows de reunião, além de outras novidades surpreendentes e bastante positivas, a enriquecer a minha autobiografia com mais histórias, material e dados para aumentar o meu balanço geral de carreira. 

E mesmo o Boca do Céu, a minha primeira banda na carreira, iniciou um processo de resgate das músicas perdidas que compusemos nos anos setenta, com a formação original reunida (bem grisalha, mas muito animada) e assim, uma nova história muito empolgante se iniciou e esteve em pleno curso neste ano de 2022, no momento em que eu escrevi este trecho.

Até o Terra no Asfalto, uma banda da qual eu não tinha mais nenhuma esperança de resgatar algum material sequer, me proporcionou a rara alegria de poder recuperar uma foto ao vivo em meio a um show que fizemos em março de 1981, que eu nem sabia que existia (por cortesia do baterista desse grupo, meu velho amigo, Cido Trindade), e foto essa que já se encontra devidamente alojada no grande arquivo de carreira do meu Blog 3, portanto, foi uma alegria muito grande para este arquivista por natureza.

Nesses termos, por que não esperar por uma surpresa agradável advinda de mais alguma banda da qual participei no passado? 

Pois foi eis que em julho de 2022, eu pude enfim dar um primeiro passo para usar efetivamente as dez fitas K7 que eu guardara desde os idos de 1997-1999, a conter muitos ensaios do Sidharta. Resgatar e digitalizar não foi uma novidade de 2022, no entanto, haja vista que tal etapa fora cumprida justamente quando o guitarrista da minha banda daquela atualidade, Os Kurandeiros, na persona de Kim Kehl, digitalizara tal extenso material no início de 2020.

Estava, portanto, planejado desde então que tal material devidamente decupado serviria para compor um ou dois discos com caráter "bootleg" do Sidharta. 

Como é sabido e detalhadamente exposto nos capítulos mais recentes sobre A Chave do Sol, a primeira ação concreta nesse sentido foi executado com essa banda em específico, ao me proporcionar, com a ajuda do Kim Kehl, o lançamento de seis discos desse grupo com o qual eu atuei nos anos 1980, mediante material oriundo das fitas K7 que eu armazenara por anos a fio.

Nessa planificação, a próxima etapa seria (ainda é, a falar sobre 2022), lançar material do Pitbulls on Crack (um ou dois discos), e a seguir, eu colocara o Sidharta nessa fila para contar também com os seus discos "bootlegs" lançados no mercado. 

No entanto, foi mesmo em julho de 2022, que eu me antecipei e sem deixar de almejar o lançamento de discos para um ponto futuro então ainda indeterminado, pude elaborar uma outra ação paralela para disponibilizar tais tesouros escondidos através de uma outra plataforma. 

Continua... 

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