domingo, 7 de junho de 2015

Autobiografia na Música - Sala de Aulas - Capítulo 68 - Por Luiz Domingues


O ritmo das aulas prosseguiu, acredito que fortalecido depois dessa experiência do festival, pela devida e já exposta euforia inerente. A esperança de uma nova investida nessa área se instaurou, mas eu tratei de não fazer disso algo obsessivo, para não vender uma falsa esperança aos alunos, mas também para não perder o foco principal dentro de minha sala de aulas, que era obviamente a aula em si.

A sair completamente desse assunto, faço uma pausa para contar duas traquinagens que alguns alunos meus aprontaram, e mesmo ao dar o desconto de que eram adolescentes, e ainda com muitos impulsos infantis, certamente, vou omitir as suas identidades para evitar constrangimentos, visto serem homens maduros hoje em dia.
Contudo, eu não poderia perder as histórias, mesmo que sejam escatológica, deselegantes, e bem nojentas, na verdade...  

Na primeira, um aluno meu chegou para a sua aula, certo dia, com um álbum de fotos em mãos. Ele pediu-me para fazer uma ligação de meu telefone, e eu pude ouvir que ele ligara para um escritório do "Guiness", o famoso livro dos recordes. Quando terminou de falar com o atendente, explicou-me enfim a situação: ele queria que eu guardasse um álbum de fotos e os seus respectivos negativos, pois a sua mãe tinha o costume de revistar os seus armários e gavetas, e tal descoberta seria muito constrangedora. 

Enfim, foi o seguinte: esse aluno defecara em sua casa, e ao notar o tamanho descomunal do material expelido, apressou-se em tirar fotos. Como naquela época as fotos digitais ainda engatinhavam, ele fez uso de uma máquina tradicional, e consequentemente, demorou para proceder a revelação e colagem no papel. Dessa forma, quando apanhou as fotos em um laboratório, ele sabia que não podia ligar de sua casa para o livro dos recordes. 

O atendente de tal organização, contudo, lhe disse que só poderia mandar um inspetor para conferir a autenticidade do "fenômeno", daí a três dias. Ora, como seria possível, se o material já estaria a boiar no esgoto, provavelmente há muito tempo antes disso? Desanimado, o meu aluno percebeu que a sua proeza não poderia ser comprovada pelo Guiness, mas mesmo assim, tentou. E o material registrado nas fotos? Bem, o que posso dizer, é que era algo monstruoso de fato, impressionante mesmo, e que certamente faria a cobra Anaconda ter uma crise de baixa autoestima... 

E ainda foi hilária a sua descrição de como o balconista da loja fotográfica o olhou de forma "esquisita", quando da entrega do material...

O outro caso escatológico perpetrado pelos garotos, conto a seguir.

Continua... 

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