Dispersados após esses dois shows, só houve uma nova oportunidade em abril de
1991, quando uma data foi fechada na casa de shows, "Dama Xoc". Para
tanto, fizemos alguns ensaios prévios e o repertório mais uma vez foi
praticamente igual, embora o baterista, Vitão Bonesso, tenha insistido
para tocarmos músicas dos trabalhos mais modernos do Black Sabbath. Por
sorte, prevaleceu o repertório clássico, fase "Ozzy Osbourne", anos setenta.
O Dama Xoc
era uma casa com médio porte; bem estruturada; com som e luz com
qualidade; palco grande; e foi no final dos anos oitenta, um espaço bem
requisitado para apresentações de bandas nacionais sob diversos estilos.Eu mesmo toquei com "A Chave" (sem Sol), muitas vezes ali, conforme relatarei no
capítulo adequado. Neste show do Electric Funeral, contudo,
infelizmente o público foi reduzido. cento e dez pagantes para um lugar onde cabia
cerca de mil pessoas, realmente não foi para ser comemorado. Mas o show foi bom, com uma qualidade sonora e visual agradável, além de uma boa performance da banda.
Um
episódio isolado e flagrado pela câmera do cinegrafista, Billy
Albuquerque, foi engraçado : no meio de uma performance, o Chris Skepis
bebeu um copo d'água e o jogou vazio na plateia, ao acertar um rapaz. Mas fora
totalmente sem intenção, pois no vídeo, dá para notar claramente que ele surpreender-se com o fato, e
pede desculpas ao rapaz, com sua voz a vazar pelo microfone. Outro fato
engraçado, foi que na música final, o Vitão Bonesso empolgou-se, e ao
realizar uma virada nos tons, e por estar em pé, desequilibrou-se ao sentar-se novamente
no banquinho, quando estatelou-se no chão, para esmagar, literalmente, o roadie,
um japonês que trabalhava com a banda Punk-Rock, Ratos de Porão, há muitos anos. A cena foi flagrada na segunda câmera, e cogitou-se enviar essa tomada inusitada para as "Videocassetadas" do Faustão...
Nessa
apresentação, usei novamente o meu Rickembacker, mas em algumas músicas
usei o simulacro de Fender Precision, feito por um Luthier, de propriedade do meu amigo /roadie / aluno, José Reis.
Curiosamente, esse mesmo instrumento pertence-me hoje em dia. Tenho a cópia desse
show, com tomadas das duas câmeras, e com boa qualidade. Quem sabe um dia,
posto no You Tube. Se não fosse cover...
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