Neste meu segundo Blog, convido amigos para escrever; publico material alternativo de minha autoria, e não publicado em meu Blog 1, além de estar a publicar sob um formato em micro capítulos, o texto de minha autobiografia na música, inclusive com atualizações que não constam no livro oficial. E também anuncio as minhas atividades musicais mais recentes.
sexta-feira, 17 de janeiro de 2014
Autobiografia na Música - A Chave do Sol - Capítulo 49 - Por Luiz Domingues
Havia um trato com a mãe do Rubens, e a Maria, chefe das empregadas da residência dos Gióia, para deixarmos a cozinha do jeito que a encontráramos. Justíssimo, por sinal...
Saíamos para a rua por volta de meia-noite, com latas de tinta, improvisadas como vasilhas desse líquido asqueroso, e o Zé Luiz providenciou cabos de vassoura para adaptá-las às broxas de pintura de paredes, como ferramenta na aplicação. Seguíamos nós três, no carro do Rubens, e uma ou outra noite, tivemos ajuda de amigos abnegados, a seguir-nos em outro carro. Mas o grosso do trabalho foi executado por nós mesmos. No início de 1983, ainda vivíamos tempos de estações climáticas bem definidas, e na metade de abril, o outono já era bem gelado em São Paulo. Sendo assim, sentíamos um calor terrível dentro do carro, com as latas a ferver, e ao sair, a temperatura externa era bem baixa etc.
Logo na primeira colagem, em um tapume perto do local onde tocaríamos, na Av. Angélica, percebemos que a inundação no carro, e os respingos, tornaram-se inevitáveis, ao deixar as nossas roupas impregnadas com aquele odor acre. E para ir além, a cola caseira não era igual à usada por esses coladores profissionais. Verificamos equipes a trabalhar, e a cola deles era aderente, automaticamente`aos tapumes. A nossa, não era tão eficaz, e por algum erro nosso de fabricação, ficara mais líquida que a deles, portanto, escorria. Para fixar, gastávamos mais material do que eles. O Zé Luiz aperfeiçoou a fabricação nos dias posteriores, depois dessa aula prática no primeiro dia. E assim foram noites e noites, ao tornar essa produção cansativa, pois enfrentávamos a burocracia de dia, ensaios e outros detalhes de produção, no período vespertino. Comprar e preparar as cortinas, também foi trabalhoso, por exemplo.
No tocante aos cartazetes e filipetas, colocamos em alguns pontos estratégicos da época, mas isso foi fácil, devido à pouca quantidade que tínhamos disponível. E uma terceira medida foi adotada como estratégia de divulgação, que hoje em dia eu desaprovo em 100 %. Pichamos alguns muros, também em ações pela madrugada. Uma vez até, fomos abordados por uma viatura da polícia...
Continua...
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