terça-feira, 22 de outubro de 2013

Autobiografia na Música - Língua de Trapo - Capítulo 86 - Por Luiz Domingues

Lembro-me que a unidade móvel foi contratada para gravar o show, e estacionou -se uma Kombi no beco que dava acesso à saída de emergência do Teatro, e no seu interior, trazia todo o equipamento, com mesa, paramétricos, e onde ficava a máquina de gravação (acho que foi uma da marca "Tascam", mas sinceramente não recordo-me com total certeza). O multicabo teve que ser emendado, pois não conseguia atingir adequadamente o palco. O fato, é que a parte traseira do Teatro Lira Paulistana, continha uma escadaria que dava acesso a uma rua, que na verdade revelava-se um beco.

Então, a Kombi parou lá atrás, e o multicabo mal conseguia chegar ao palco do Lira Paulistana, pela distância grande ali observada. Uma autêntica "ginástica" teve que ser feita pelo técnico de som (um rapaz chamado : Douglas), que demonstrou uma paciência enorme, ainda bem. Com tudo devidamente microfonado, fizemos alguns testes durante o soundcheck, e no shows, combinamos entre nós, prestar muita atenção, contudo não esquecermo-nos que o público pagaria para assistir um espetáculo normal, e não teria nada a ver com a nossa preocupação em não errarmos.
Eu, particularmente, fiz os dois shows normalmente, ao realizar a minha mise-en-scenè normal, sem preocupar-me com a gravação, mesmo por que, se tocasse preocupado, acredito que seria pior, e a indução ao erro, inevitável. Lembro-me que na primeira noite gravada, ficarmos no Teatro até bem depois do público dispersar, pois queríamos ouvir a gravação. Uma reação absolutamente normal, pois todo músico adora ouvir o que gravou, imediatamente. E registro que gostamos da performance e da captura inicial, ao proporcionar-nos uma sensação de animação para fazer o show do dia seguinte e empreender a consequente segunda gravação de cada canção que almejávamos lançar.
Continua...  

Nenhum comentário:

Postar um comentário