Lembro-me que a unidade móvel foi contratada para gravar o show, e estacionou -se
uma Kombi no beco que dava acesso à saída de emergência do Teatro, e no seu interior, trazia todo o equipamento, com mesa, paramétricos, e onde ficava a máquina de gravação (acho que foi uma da marca "Tascam",
mas sinceramente não recordo-me com total certeza). O multicabo teve que
ser emendado, pois não conseguia atingir adequadamente o palco. O fato, é
que a parte traseira do Teatro Lira Paulistana, continha uma escadaria que
dava acesso a uma rua, que na verdade revelava-se um beco.
Então, a Kombi parou lá
atrás, e o multicabo mal conseguia chegar ao palco do Lira Paulistana, pela
distância grande ali observada. Uma autêntica "ginástica" teve que ser feita pelo técnico de som (um rapaz chamado :
Douglas), que demonstrou uma paciência enorme, ainda bem. Com tudo devidamente
microfonado, fizemos alguns testes durante o soundcheck, e no shows,
combinamos entre nós, prestar muita atenção, contudo não esquecermo-nos que o público pagaria para assistir um espetáculo normal, e não teria nada a ver
com a nossa preocupação em não errarmos.
Eu, particularmente, fiz os dois
shows normalmente, ao realizar a minha mise-en-scenè normal, sem preocupar-me com a gravação, mesmo por que, se tocasse preocupado, acredito
que seria pior, e a indução ao erro, inevitável. Lembro-me que na primeira
noite gravada, ficarmos no Teatro até bem depois do público dispersar,
pois queríamos ouvir a gravação. Uma reação absolutamente normal, pois
todo músico adora ouvir o que gravou, imediatamente. E registro que gostamos da
performance e da captura inicial, ao proporcionar-nos uma sensação de animação para fazer o
show do dia seguinte e empreender a consequente segunda gravação de cada canção que almejávamos lançar.
Continua...
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